Deputada Federal Célia Xakriabá denuncia racismo em restaurante de Ouro Preto
Deputada Federal Célia Xakriabá durante evento em Ouro Preto - Foto ReproduçãoInstagram
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A deputada federal Célia Xakriabá (PSOL/MG) usou suas redes sociais para fazer, no início da madrugada deste domingo (5), uma denúncia de racismo sofrido por ela e duas assessoras, Ingrid Sateré Mawé e Werymehe Pataxó, num restaurante de Ouro Preto.

Segundo Célia, que é indígena, assim como suas assessoras, elas foram para uma confraternização que aconteceria num restaurante, após a participação da política em duas agendas na cidade de Ouro Preto, uma delas para falar sobre ecologia e decolonialismo.

O trio foi para o local antes do restante dos participantes e, chegando lá, ouviram de homens, que estavam sentados em uma mesa no restaurante, o questionamento se “‘índio’ agora andava por ali”.

A deputada comentou o acontecimento e ressaltou o espaço de indígenas na sociedade. “Indígenas vão, fazem e são o que eles quiserem, inclusive deputadas federais. Não aceitaremos mais comportamentos racistas, comentários racistas. Isso é crime e as pessoas precisam ser responsabilizadas”, escreveu Célia.

Em vídeo publicado por Célia Xakriabá junto à denúncia, ela aparece conversando com uma policial militar e dizendo que a administração do restaurante se colocou ao seu lado durante a situação.

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Num outro vídeo postado no fim da manhã deste domingo (5), Célia contou, ainda que os suspeitos pediram escolta policial para sair do restaurante, afirmando estarem se sentindo inseguros. “É incrível como os racistas se acham muito corajosos, mas na verdade os racistas são covardes, porque não conseguiram enfrentar três mulheres com a sua verdade. Então, na verdade, o racismo também é covarde”, disse ela.

Segundo as vítimas, todas ficaram muito abaladas com o acontecimento e chegaram a chorar e queriam deixar o local. Mas a administração do restaurante trabalhou para que elas continuassem no local. A deputada informou que um boletim de ocorrência foi registrado na Polícia Militar, pelo crime de racismo.

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