Moradoras de república feminina de Ouro Preto relatam ameaças e invasão

A república feminina Saia Justa emitiu nota, na tarde desse sábado (5), relatando ameaças, perseguições e até mesmo invasão de sua casa, localizada no bairro Vila Aparecida, em Ouro Preto. De acordo com as moradoras, que são estudantes da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), os problemas se iniciaram no fim do último mês de janeiro, mas pioraram recentemente.

De acordo com o relato publicado no Instagram da república, os primeiros episódios da perseguição começaram assim que elas voltaram do recesso do período letivo, no fim de janeiro.

Na ocasião, homens, às vezes em dupla e em outras oportunidades, num grupo maior, forçavam e batiam nas janelas da casa, tocavam a campainha e pediam para entrar na residência, só parando com a presença de homens na casa, relataram as moradoras.

Segundo as denunciantes, os autores da perseguição se tratam de ex-presidiários usuários de drogas. Eles teriam sido presos por diversos crimes, como roubo, invasão e estupro, contam as estudantes.

O primeiro episódio de maior gravidade aconteceu no dia 14 de fevereiro, quando houve uma tentativa de invasão à casa. Na ocasião, elas acionaram a polícia, que apareceu 30 minutos depois e iniciaram buscas pelos suspeitos, contam.

Veja também: Morro da Queimada, Ouro Preto: suspeito de 19 anos é preso com maconha pronta para a venda

Enfrentamento e invasão

As estudantes relataram que a situação se tornou insustentável na última quinta-feira (2), quando decidiram confrontar os suspeitos que tentavam, mais uma vez, invadir a residência. De acordo com as denunciantes, tal atitude enfureceu os homens, que entraram na casa pelo portão do quintal.

Com os homens já dentro da casa, as garotas correram e conseguiram se trancar do lado de dentro. Presas dentro de sua própria residência, as estudantes chamaram a polícia e moradores de repúblicas masculinas do bairro, contaram elas.

Durante o registro da ocorrência, elas informaram que os homens apareceram e, de acordo com elas, “apanharam muito” na porta da casa. Apesar de citarem o acontecido, as denunciantes não especificaram quem teria batido nos homens.

No dia seguinte, sexta-feira (3), relatam às vítimas, os homens teriam reaparecido e passado gritando ameaças à elas pela rua. No sábado (4), eles teriam as “rodeado” no mercado Estrela da Barra.

Por fim, as garotas pediram ajuda, ressaltando que precisam de uma casa longe desse bairro, pois, segundo elas, os suspeitos já conhecem seus rostos e as ameaçam sempre que possível. A publicação gerou grande repercussão nas redes sociais.