Caso da professora Aline Morais Silva: a morte por dengue que chocou Itabirito  
Aline Morais Silva - Foto: Redes Sociais
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O caso de Aline Morais Silva (de 34 anos) comoveu Itabirito (na Região Central de Minas). Professora da rede municipal, Aline é mais uma vítima fatal da dengue na cidade. Ela foi sepultada no domingo (28/4), no Cemitério Parque da Esperança.

Na condição de paciente em estado grave, Aline não conseguiu vaga no Hospital Santa Rita, de Contagem. Chegou a ser levada de ambulância de Itabirito para ser internada no CTI da Grande BH, mas a família não conseguiu dar entrada na instituição.

Dentro de uma ambulância, Aline ficou aguardando em Contagem, mas como o caso dela era grave e o oxigênio estava acabando, a paciente teve de voltar para Itabirito, e tinha (no máximo) 1h para isso.

Uma das situações que chama atenção é que havia em favor da família da paciente uma decisão judicial, do juiz Antônio Francisco Gonçalves, que determinava a transferência de Aline para o Hospital de Contagem. O poder da Justiça, no caso, não foi suficiente.

A ocorrência policial que foi feita pela família de Aline relata que o “senhor Espedito Berto da Silva (pai da paciente) disse que uma enfermeira (no documento tem o primeiro nome dessa profissional) realizou contato com o médico responsável do Hospital Santa Rita (cujo primeiro nome também está no boletim). Contudo, esse responsável não autorizou a internação, alegando que ‘existem divergências pertinentes ao acordo pré-estabelecido com a Secretaria de Saúde da cidade de Itabirito’”.

Ainda segundo a ocorrência, o médico (com base nas palavras do pai) disse que entraria em contato com a Secretaria para resolver o assunto. Disse também (ainda de acordo com boletim) que o Santa Rita não possuía vaga no “CTI” naquele momento, e que o hospital de Itabirito “não realizou contato prévio com o Santa Rita, informando que o paciente iria vir”.

Sendo assim, Espedito retornou com sua filha para Itabirito. Aline morreu no sábado (27/4), no Hospital São Vicente de Paulo, por complicação de uma dengue hemorrágica.

Moradora do Padre Adelmo, ela deixou quatro filhos.

Que não poderia repassar informação com base na Lei de Proteção de Dados e que caso seria levado para a Assessoria de Comunicação do São Camilo (responsável pela instituição) – que entraria em contato com o Radar.

Que a paciente não deu entrada no Hospital. Por isso, não há informação sobre ela. E os questionamentos do site ao Hospital deveriam ser feitos à Prefeitura de Itabirito.

Depois da publicação desta matéria, a Prefeitura respondeu. CLIQUE AQUI para ler a resposta na íntegra.

Pediu mais dados sobre a paciente, como nome da mãe e data de nascimento, mas ainda não responder aos questionamentos do Radar.   

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