MARIANA (MG) – Em um caso de violência doméstica registrado pela Polícia Municipal, a vítima aproveitou que o marido não pôde entrar na sala da psicóloga do Cras para denunciá-lo.
A OCORRÊNCIA
O fato se deu no último dia 26/3, quando a Polícia Municipal (antiga GCM) foi acionada após uma mulher (de 32 anos) dar entrada no Centro de Referência de Assistência Social e relatar ter sido mantida em cárcere privado, agredida e ameaçada pelo seu cônjuge.
A residência em que vive o casal fica no distrito de Monsenhor Horta.
De acordo com ela, há alguns dias as agressões por parte do autor se iniciaram. Ele a proibiu de usar celular, passou a agredi-la fisicamente e, por fim, restringiu a saída dela da casa – inclusive, ameaçou quebrar o telefone dela.
Com o objetivo de dar fim ao seu sofrimento, a mulher decidiu ir embora para outra cidade – onde possui parentes. Contudo, no dia da partida, “a mulher foi impedida pelo infrator, que fingiu ir trabalhar, mas retornou uma vez que já suspeitava da possibilidade de fuga”, relatou a Polícia Municipal.
Ainda de acordo com a versão da vítima, o autor desfez as malas dela e a ameaçou de morte caso ela tentasse sair novamente. Entretanto, após conversar com o marido, ela o convenceu que precisava ir a Mariana para buscar uma cesta básica e sacar o auxílio pago pelo governo.
Já na sede marianense, próximo à Delegacia, ele a ameaçou novamente dizendo que caso ela o denunciasse, a mataria ali mesmo. Porém, a esposa alegou que estava indo ao Cras (sendo acompanhada pelo autor até o local).
Durante o atendimento da vítima, ela relatou à psicóloga o que estava acontecendo, e a Polícia Municipal foi acionada. “O suspeito ao perceber que não seria possível entrar no consultório e temendo ser preso, saiu do local de forma imediata, tomando rumo exato ignorado. Foi realizado intenso rastreamento pela cidade, porém, ele ainda não foi localizado”, informou a Polícia Municipal.
O caso foi registrado e agora será investigado pela Polícia Civil.
