No fim da manhã, a movimentação era intensa no Posto V & G, bairro Santa Efigênia. Foto - Radar Geral
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Os esforços do governo federal para reduzir o preço dos combustíveis nas bombas dos postos começam a surtir efeito em Itabirito (na Região Central de Minas). O litro da gasolina, na manhã desta segunda-feira (4/7), está sendo vendido a R$ 6,39 em, pelo menos, dois postos: Auto Posto V&G (entre o Bela Vista e Santa Efigênia) e o Posto Inconfidentes (na Avenida dos Inconfidentes, bairro Santa Efigênia).

Lembrando que, há alguns dias, a gasolina chegou a custar R$ 7,99 no município. Desde então, houve redução para cerca de R$ 7,48, e agora está abaixo de R$ 6,40. A redução atingirá todos os postos de Itabirito durante esta semana.

Para se ter uma ideia, no Posto Santa Efigênia (antigo 2 irmãos), um funcionário disse que a redução pode acontecer ainda hoje. Nesta manhã, estava sendo vendida a R$ 7,48.

No Posto ALE (antigo Posto Esso), perto do INSS, amanhã está prevista redução do valor da gasolina (hoje estava R$ 7,49). “A redução não é imediata porque tem a ver com o estoque que está nos postos. A partir do momento que chega o combustível mais barato, o estabelecimento consegue reduzir o preço nas bombas. Os empresários que hoje estão com estoques elevados, terão dificuldades para baixar o preço imediatamente”, disse o empresário Cláudio Antônio Lima, um dos donos do ALE, do Centro.

Segundo Cláudio, nos próximos 15 dias, a previsão é que de o etanol fique mais em conta que a gasolina, e será vendido a menos de R$ 4 o litro. Atualmente, nos postos V&G e Inconfidentes, o etanol estava sendo vendido a R$ 5,29 (menor preço praticado nesta segunda em Itabirito).

Veja, a seguir, fotos feitas na manhã de hoje (4/7), que mostram os preços praticados em Itabirito. Lembrando que esses valores podem mudar no decorrer da semana.

Governo federal

Até a manhã do último domingo (3/7), pelo menos, 18 estados mais o Distrito Federal já haviam anunciado a redução do ICMS sobre os combustíveis, seguindo a lei federal que impôs um teto para o imposto a fim de frear a alta dos preços e seu impacto para a inflação.

Alta essa provocada (principalmente) pelos impactos da pandemia e da guerra da Rússia com a Ucrânia. Ou seja, trata-se de um fenômeno mundial.

Além de articular a redução do ICMS, o governo federal zerou o PIS/Cofins (tributos federais).

Alguns governadores não querem a redução

A nova lei federal limita a alíquota de ICMS em 17% a 18% sobre combustíveis, energia, telecomunicações e transportes. Onze estados entraram com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) questionando a lei.

Entre os estados que já anunciaram cortes no imposto estão: Alagoas, Amapá, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, São Paulo, Amazonas, além do Distrito Federal.

Segundo o empresário de Itabirito, entrevistado pelo Radar, o diesel deve continuar com valor alto pela atual situação mundial e por investimentos equivocados em refinarias feitos durante gestões do PT.

Para tentar minimizar o impacto no valor do diesel, o governo federal criou o auxílio caminhoneiro, que deve dar R$ 1 mil a caminhoneiros autônomos por meio de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC). 800 mil profissionais devem ser beneficiados.

Refinarias no Brasil e o PT   

Sobre as refinarias mencionadas, o empresário de Itabirito se refere a situações como a compra de 50% da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), em 2006, que deu prejuízo de 792 milhões de dólares (mais de R$ 4 bilhões, nos valores atuais), segundo o relatório do processo.

Outro caso, foi a obra de construção da refinaria Premium 1, em Bacabeira, no Maranhão, que começou em 2011. O projeto, que não foi concluído, gerou prejuízo de R$ 2,1 bilhões para a Petrobras, segundo o TCU (Tribunal de Contas da União).

Há também o caso da Refinaria Abreu e Lima, no Recife, inaugurada em 2014. Orçada em pouco mais de 2 bilhões de dólares, custou, ao final, mais de 18 bilhões – ou seja, nove vezes mais.

Abreu e Lima (que tem um dos refinos mais caros do mundo) era para ser uma parceria com a Venezuela, mas os brasileiros pagaram sozinhos a conta.

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