Itabirito (Região Central de Minas) – Em nota oficial, a Vale afirmou que a estrutura das barragens de Forquilha I e II não foram comprometidas com a queda de duas torres do sistema preparatório para as obras de descaracterização dessas barragens.
A queda das torres se deu na noite desta sexta-feira (12/11). Não houve feridos.
Segundo a Rádio Itatiaia, “há alguns meses, a Vale vem instalando sistemas de segurança, como essas torres, para permitir que os trabalhadores acessem as barragens que estão em nível de emergência sem precisar de helicópteros”.
As barragens em questão ficam em Ouro Preto, mas a lama poderia atingir Itabirito em caso de desmoronamento.
O muro da Vale, por exemplo, obra muito comentada em Itabirito, foi construído para reter a lama em caso de ruptura dessas e outras barragens (todas em processo de desativação e todas a montande da mina de Fábrica).
Leia a nota da Vale na íntegra:
“A Vale informa que está apurando as causas da queda de duas torres do sistema preparatório para as obras de descaracterização das barragens Forquilhas I e II, da mina Fábrica, em Itabirito. No momento do tombamento, ocorrido na manhã desta sexta-feira (12), não havia trabalhadores no local. A área foi isolada e os órgãos competentes já foram informados. Importante ressaltar que as torres não atingiram as barragens, as quais não tiveram alteração em suas condições de segurança. As estruturas da empresa passam por inspeções rotineiras de campo e são monitoradas permanentemente por uma série de instrumentos e pelo Centro de Monitoramento Geotécnico (CMG).”
Mudança na lei obrigou desativação de barragens a montante
Por causa da Resolução publicada, em 18/02/2019, no Diário Oficial pelo governo Bolsonaro, as barragens, como as citadas, estão passando pelo processo de desativação.
Segundo a lei, as barragens a montante ou método desconhecido, que estão desativadas, deveriam ter sido eliminadas até 15 de agosto de 2021. E as que estão em funcionamento, até 15 de agosto de 2023.
Em tempo: A montante é um lugar situado acima de outro, em relação a um rio. O ponto referencial que se utiliza pode ser uma cidade às margens do rio, uma cachoeira, uma barragem etc. Tudo que está acima de um determinado ponto de referência, subindo a correnteza do rio diz-se que se situa a montante.