Muro da Vale - 95 metros de altura e 330 metros de comprimento. Foto - Vale/Divulgação
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A Vale informou, nesta terça-feira (13/7), que foi finalizada a estrutura de contenção a jusante (ECJ) da Mina Fábrica. Conhecida em Itabirito (Região Central e Minas) como “Muro da Vale”, a estrutura tem capacidade para reter os rejeitos das barragens Forquilhas I, II, III, IV e Grupo, localizadas a montante da Mina Fábrica, em um cenário hipotético de ruptura simultânea. Essas barragens ficam em Ouro Preto.

“Com 95 metros de altura e 330 metros de comprimento, a estrutura aumenta a segurança das pessoas que vivem em comunidades próximas e protege as Zonas de Segurança Secundária das referidas barragens, que incluem parte dos municípios de Itabirito, Raposos, Rio Acima e Nova Lima, além de três bairros de Belo Horizonte”, informou a empresa.

A conclusão da ECJ permite os preparativos para a descaracterização das barragens Forquilhas I, II, III e Grupo. A barragem Forquilha IV está em nível 1 de emergência, Forquilhas I, II e Grupo estão em nível 2, e Forquilhas III em nível 3 do Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração (PAEBM).

Todas as estruturas seguem com monitoramento instrumental contínuo, 24h por dia, sete dias por semana, gerido pelo Centro de Monitoramento Geotécnico da Vale. “A ECJ de Fábrica foi construída sob as mais rigorosas normas nacionais, as melhores práticas de engenharia e referências técnicas de entidades internacionais. A Vale segue avaliando junto com a auditora técnica do Ministério Público a necessidade de ações complementares”, informou a empresa.

Descaracterização da barragem de Fernandinho

A Vale informa que concluiu também a obra de descaracterização da barragem Fernandinho, localizada na Mina Abóboras, no Complexo Vargem Grande, em Nova Lima (Região Metropolitana de Belo Horizonte).

Com a conclusão das obras de descaracterização, que ainda será avaliada pelos órgãos competentes, Fernandinho deixa de ter características de barragem, perdendo a função de armazenamento de rejeitos e de água.

Barragem Fernandinho, em Nova Lima, é a sexta estrutura descaracterizada, a terceira em Minas Gerais. Foto – Vale – Divulgação

No processo de descaracterização, 558 mil metros cúbicos de rejeitos foram removidos e um canal central de drenagem foi construído, com posterior revegetação e reintegração da área ao meio ambiente local. As atividades contaram com cerca de 540 trabalhadores, majoritariamente residentes na região de Nova Lima. “O trabalho foi executado com a adoção rigorosa de protocolos de prevenção à Covid-19”, informou a Vale.

A barragem Fernandinho fez parte do Programa de Descaracterização de Barragens da Vale, destinado às estruturas com alteamento a montante, método similar àquele empregado na barragem rompida em Brumadinho.

A descaracterização das barragens a montante é um compromisso assumido pela Vale e uma obrigação legal, para aumentar a segurança das comunidades e das operações.

Desde 2019, seis estruturas a montante foram completamente descaracterizadas e reintegradas ao meio ambiente. “A conclusão das obras (em Itabirito e Nova Lima) representa o avanço do Programa de Descaracterização de do compromisso da Vale com uma abordagem mais transparente e segura na gestão de suas barragens. O cronograma do Programa de Descaracterização e demais informações sobre a gestão de barragens da Vale estão disponíveis em www.vale.com/esg”, salientou a empresa.

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