Itabirito (Região Central de Minas) – Na madrugada desta quarta-feira (9/3), por volta de 1h30, moradores do bairro São Geraldo, em depoimento ao Radar Geral, afirmaram que Vinícius Guimarães de Melo (32), conhecido como Batoré, morreu depois de uma ação da Polícia Militar (PM).
A PM não se manifestou oficialmente. Contudo, extraoficiamente, militares informaram que Batoré sofreu uma parada cardiorrespiratória (PCR), ao chegar à Unidade de Pronto Atendimento (UPA), após abuso de drogas.
Versão de moradores ouvidos pelo Radar
Moradores do bairro disseram que Batoré era viciado em crack. Chegava a parar o uso por alguns dias, mas tinha recaídas constantes.
Na noite desta terça-feira (8/3), entre 22h30 e 23h, ele teve um surto enquanto se drogava. Completamente nu, Batoré saiu pela Rua Cristóvão Militão, no São Geraldo, onde ele morava com a esposa e a filha.
Testemunhas acreditam que alguém teria acionado a PM. Quando os militares chegaram, Batoré fugiu entrando na casa da avó de sua esposa (residência vizinha à casa dele).
Sendo assim, os PMs entraram na residência onde ele estava e, de acordo com moradores do bairro, teriam dado uma surra em Batoré após tê-lo contido. “Poderiam prender e deixar ele 10 anos na cadeia, mas não precisavam espancar depois que ele já estava imobilizado”, disse um morador do bairro em entrevista ao Radar Geral.
Para esses moradores, a agressão teria sido a causa mortis. Segundo testemunhas, Batoré ficou muito ensanguentado.
O que a PM diz extraoficialmente
Versão extraoficial da Polícia Militar dá conta de que Batoré estaria transtornado, agredindo a esposa e ameaçando os vizinhos.
A fonte informou ainda que ele estava fazendo uso abusivo de drogas desde sábado (5/3). “Foi então necessário usar de força para contê-lo, mas nada além do necessário”, disse.
Nesta versão, o abuso da droga teria provocado a parada cardiorrespiratória que culminou na morte constatada na UPA.
Vídeo
Um vídeo, que se espalhou pelo WhatsApp, mostra a mãe de Batoré, aos prantos, indo ao encontro do filho, no momento em que ele estava sendo colocado, aparentemente inconsciente, no camburão.
Ela não conseguiu chegar perto dele porque foi impedida por terceiros. Naquele momento, Batoré estava vestido com calças, mas não se sabe se já estava morto.
Moradores ouvidos pela reportagem contestam a versão de que Batoré estaria agredindo pessoas.
A perícia da Polícia Civil saberá de fato qual foi a causa da morte. O corpo está no IML.
O Radar Geral foi informado, às 11h10, de 9/3, que a Polícia Militar irá divulgar uma nota a respeito do caso.
Matéria atualizada às 11h14, de 9/3/2022.
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