Itabirito: Após 2 anos de restauro, imagem de São Joaquim volta para a Matriz da Boa Viagem

Itabirito (Região Central de Minas) – “A imagem de São Joaquim é um dos muitos bens móveis, religiosos, históricos e culturais que compõem o acervo da Paróquia de Nossa da Boa Viagem, criada no dia 3 de abril de 1745, e que tem suas origens na fundação da antiga Itaubira de Nossa Senhora da Boa Viagem do Rio de Janeiro (atual Itabirito), em 3 de abril 1709. Há mais de 20 anos, a matriz mantém convênio com a Faop (Fundação de Arte de Ouro Preto), que tem restaurado muitos bens religiosos, históricos e culturais de propriedade da paróquia. A imagem de São Joaquim (atualmente) pode ser vista hora na matriz, hora no museu – em imóvel reservado para a imaginária”, disse o padre Miguel Angêlo Fiorillo, pároco da Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem, de Itabirito, em depoimento ao Radar Geral.

A imagem de São Joaquim foi restaurada pela Faop, que entregou, na última sexta-feira (9/7), outras três esculturas (Sant’ Ana Mestra, São Miguel e Almas e Nossa Senhora do Bom Despacho) para a Paróquia Nossa Senhora de Nazaré, de Cachoeira do Campo (Ouro Preto); uma escultura do Cristo Crucificado para a Paróquia de São Gonçalo do Amarante, em Amarantina (Ouro Preto); e uma pintura intitulada “Anjo da Guarda” para a Paróquia de Nossa da Conceição, de Senador Firmino (Zona da Mata Mineira).

Foram dois anos de trabalho de restauração para que as obras ficassem prontas. O trabalho foi feito por alunos do curso técnico em conservação e restauro da Faop, com orientação dos professores responsáveis e a equipe técnica entre 2018 e 2020.

Angelo Oswaldo

“Um dia após o aniversário de Ouro Preto, temos esse presente com imagens da belíssima matriz de Nossa Senhora de Nazaré em Cachoeira do Campo, uma das igrejas mais bonitas da primeira fase do barroco mineiro, e da matriz de São Gonçalo de Amarantina, que já estamos com projetos para apoiar a restauração dos dois retábulos históricos da matriz e de alguns elementos importantes também para serem recuperados”, disse o prefeito de Ouro Preto, Angelo Oswaldo.

O padre Jean Lúcio de Souza, coordenador da Comissão Arquidiocesana de Bens Culturais e membro da Comissão de Arte Sacra, é também ex-aluno da Faop e diz estar cada vez mais grato pelo trabalho realizado pela instituição. “Ninguém vive sem memória. Um ser desmemoriado perde a sua identidade e quando a Faop se dispõe a esse trabalho, faz com que a identidade do nosso povo seja conservada”, acredita.

Veja as outras obras entregues pela Faop