Foto: Marcello Casal/Agência Brasil
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Mesmo com a crise provocada pela pandemia, que obriga a restrição do funcionamento do comércio, houve saldo positivo no número de postos de trabalho formais de janeiro a maio deste ano em Itabirito (na Região Central de Minas).

No período, foram 3.550 admissões e 2.591 desligamentos. Ou seja, saldo de 959. Os números são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Os dados de junho serão divulgados em meados de julho.

O motivo da alta são os postos de trabalho criados na construção civil, mais especificamente por causa das obras para erguer os muros de contenção em um eventual desmoronamento de barragens.

Houve saldo positivo também nos setores de indústria e agropecuária, que abriram juntas 54 vagas.    

Todavia, a situação positiva é exclusividade de algumas cidades. Em Minas Gerais, apenas em abril, o saldo de empregos ficou negativo em 88.298 vagas.

Números com base no Caged

Em baixa: comércio e serviços

Em outros setores, o resultado itabiritense não foi promissor. Houve mais demissão que admissão no comércio de Itabirito. Neste setor especificamente, de janeiro a maio, foram 63 trabalhadores a menos. Em segundo lugar, o setor de serviço acumulou perda de 43 postos no mesmo período.

Para a presidente interina da Fecomércio MG, Maria Luíza Maia Oliveira (Lilu), a situação é preocupante. “Ainda vão fechar muitas empresas. Falta um equilíbrio entre e saúde e economia. Se não morrer da doença, muitos podem morrer de fome”, disse ela.

Lilu, que também é presidente do Sindicato do Comércio de Itabirito (Sincovita), salientou: “O comércio pequeno não tem dinheiro nem sequer para fechar suas portas”.   

Apesar da situação privilegiada de Itabirito no saldo de empregados, sabe-se que grande parte dos postos de trabalho surgidos na construção civil itabiritense é ocupada por trabalhadores que vieram de outras cidades.

Para se ter uma ideia, na Câmara de Itabirito, respondendo às perguntas dos vereadores, o secretário de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura, Mário Marques, disse que em uma importante oportunidade de vagas oferecidas por meio do Sine nem sequer 5% dos candidatos eram de Itabirito.   

Dificuldades

Não se tem o número de empresas que fecharam definitivamente em Itabirito por conta da pandemia. Segundo a presidente da Câmara de Diretores Lojistas de Itabirito, Ana Carolina Tabari, “a situação de pandemia ainda é muito recente, e como muitos estabelecimentos comercias até o momento nem retomaram as atividades de forma regular, ainda não se tem os dados mensurados”.

Para Ana Carolina, “as ações e o planejamento nas esferas governamentais devem ser pautados para a preservação da vida da população, mas também é preciso buscar alternativas para a manutenção da economia”.  

Ainda segundo a presidente da CDL, “muitos empresários aderiram à medida provisória que permitiu a suspensão de contratos de trabalho por 60 dias. Porém, muitos estabelecimentos comerciais não podem mais se valer da suspensão e com o retrocesso para a Onda Verde em Itabirito do Programa Minas Consciente (onda com mais restrições), muitos empresários estão encontrando dificuldades para manter os postos de trabalho”. 

Para ela, “outro agravante para os empresários é a dificuldade de acesso ao crédito e as obrigações tributárias que precisam ser prorrogadas para que haja a continuidade e manutenção das empresas”.

Empréstimos

 A Prefeitura de Itabirito, por meio do Fundo Municipal de Desenvolvimento Econômico (Fundi), disponibiliza empréstimos para microempreendedores (MEIs), bem como a micro e pequenas empresas (MPEs) para enfrentamento da crise econômica provocada pelo coronavírus.

O empréstimo era a principio de R$ 7.000 no máximo. Contudo, por meio de emenda feita pela Câmara de Vereadores, o valor passou a ser de R$ 20.000 (no máximo).

As informações para se conseguir o empréstimo estão disponíveis na Agência de Desenvolvimento Econômico e Social dos Inconfidentes e Alto Paraopeba (Adesiap) que é a antiga Adesita. O endereço é Rua Dr. Guilherme, 44, Centro, Itabirito/MG. O telefone é (31) 3563.1958.

Na Adesiap, o empresário ou o autônomo pode conseguir informações de como obter também os benefícios oferecidos pelo governo federal.

Matéria atualizada à 1h03 de 6/7/2020.

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