Doutor Marcelo, infectologista da Prefeitura de Itabirito. Foto - Reprodução
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Em áudio enviado ao Radar Geral, nesta quarta-feira (5), o infectologista da Prefeitura de Itabirito, o médico Marcelo Araújo, fala sobre a polêmica causada pelo vídeo gravado pelo deputado estadual Alencar da Silveira Júnior (PDT) a respeito do isolamento de empregados, com teste positivo para a Covid-19, feito pelo Consórcio Minas Mais, no hotel Pouso dos Viajantes (bairro Santa Efigênia).

Pela denúncia, que já está no Ministério Público, o deputado afirma que trabalhadores que testaram positivo estão transitando normalmente pelas ruas e bares da cidade. Segundo o especialista, não há risco. Uma vez que “essas não representam risco de contágio”, afirma o infectologista.

Para entender a situação é preciso que o internauta saiba o que o médico disse.

A seguir, na íntegra, transcrição do áudio do especialista Marcelo Araújo:

Essas pessoas que estão especificamente no Pouso do Viajantes são só portadoras de teste rápido positivo, ou seja, elas não são infectantes. Só que existe uma norma do Estado que pede que as pessoas quando tem o primeiro teste positivo, que elas fiquem em quarentena. O ponto x da questão é o seguinte: quando o teste rápido dá positivo, tem pelo menos oito dias que ‘você’ se infectou, e (sendo assim) as pessoas não transmitem mais. Então, é um excesso de zelo, você ficar colocando pessoas com teste rápido positivo em quarentena, mas ainda assim se coloca.

Então, é claro: isso cria uma dificuldade grande de explicar para as pessoas que esses empregados, que tem teste rápido positivo, não são infectantes. O mesmo tem acontecido com acesso de paciente à cirurgia eletiva. Mesmo equívoco! A pessoa vai fazer uma cirurgia eletiva. Aí faz um teste rápido positivo, e é cancelada a cirurgia. Então, isso é um equivoco que está presente tanto na iniciativa privada quanto no serviço público, e que dá certo trabalho esclarecer por causa do medo normal da população. Mas no caso específico dessas pessoas nesta pousada (Pouso do Viajantes) não é uma questão sanitária. É muito mais um desejo de fazer barulho, de atingir inimigos políticos do que de preocupação sanitária real. Do ponto de vista sanitário, não caracteriza situação de risco. Não são pessoas que têm PCR positivo nem estão sintomáticas.

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1 COMENTÁRIO

  1. Mas pessoas estão denunciando casos de pacientes que mesmo diagnósticado, estão sendo enviados para casa para manter a quarentena sem receber a medicação adequada, ignorando a recomendação do ministério da saúde.
    Tenho conhecimento de um caso que está em estado grave em ouro preto, e que nos atendimentos ateriores foi mandado para casa, fazendo com que seu caso agravasse mais, e isso é gravíssimo, e já não será o primeiro caso se chegar a vir a óbito.

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