Debate sobre o Programa de Concessões Rodoviárias de Minas Gerais. Foto - divulgação
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Nesta terça-feira (13/6), foi realizada uma audiência pública pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para debater os custos abusivos da privatização da BR-356 entre Nova Lima, região metropolitana de Belo Horizonte e Ouro Preto (Região Central de Minas). O deputado Leleco Pimentel (PT), evidenciou a revolta das lideranças dos 11 municípios atingidos pelo Lote 7 do Programa de Concessões Rodoviárias do Governo de Minas. 

Fala do deputado Alencar da Silveira Junior (PDT). Foto – divulgação.

Além do petista, o deputado Alencar da Silveira Junior (PDT), comentou sua insatisfação não como político mas sim como morador de Itabirito “Todo morador de lá está pagando pedágio da BR-040 e não foi feito nada, nenhuma melhoria naquela estrada. Agora, a concessionária quer devolvê-la ao governo.”, relatou na reunião. 

Além dele, outra importante líder político itabiritense também comentou sua indignação durante a reunião, o prefeito Orlando Caldeira (Cidadania) afirmou que não pode concordar com os preços no pedágio sem a realização de obras “Manutenção daquele trecho, o DNIT já faz. Simplesmente fazer capina não resolve o problema”, comentou na audiência pública.

No caso do município de Acaiaca, a questão é ainda mais delicada. Na audiência, o prefeito da cidade Luiz Carlos (PT), relatou que caso seja construído os pedágios na região, muitos motoristas vão preferir desviar da rodovia e utilizar vias vicinais, o que acaba gerando prejuízos para a prefeitura local, que já conta com poucos recursos. 

O presidente da comissão, deputado Marquinho Lemos (PT), informou, com base nos documentos do Governo do Estado, que serão quatro pedágios ao longo de 190,3 quilômetros (km) sendo: R$ 14,51 em Nova Lima, em Ouro Preto R$ 11,71, em Acaiaca no valor de R$ 11,24 e em Ponte Nova R$ 6,58. Sendo assim o motorista que for da capital mineira até Rio Casca, por exemplo, irá gastar R$ 44,04 em pedágio, só de ida.

Fernanda Gonçalves e Leleco Pimentel – Foto: Willian Dias/ALMG

Apesar da informação desses preços virem de documentos do Governo, Fernanda Gonçalves, coordenadora de Concessões e Parcerias da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra) disse que esses preços são uma primeira versão da análise do Governo e que, eles podem ser alterados ainda. 

Uma das metas, segundo a coordenadora, é de que o Lote 7 irá melhorar o trânsito nas rodovias uma vez que elas recebem um fluxo de carro maior que conseguem suportar “o projeto prevê a duplicação de quase 70 km de duplicação e de mais de 40 km de terceiras faixas, e ainda, com a correção das curvas críticas”, salientou.

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