Andréa em duas situações: vivendo na rua e pronta para ir para clínica (de onde saiu). Fotos: Reproduções
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1ª atualização às 18h24 de 13-03-2021 2ª atualização às 11h14 de 14-03-2021.

Andréa Mahé (no documento de identidade: Andreia Lemos Mahe), de 51 anos, de Itabirito (MG), saiu da clínica de reabilitação para dependentes químicos, em Santa Luzia (Região Metropolitana de BH), por volta das 14h desta sexta-feira (12). Ela não chegou a ficar um dia no local.

Andréa é dependente de crack e outras drogas e estava morando nas ruas de Itabirito. A irmã dela, Amanda Lemos, por meio de suas redes sociais e em entrevista ao Radar Geral, mobilizou a sociedade itabiritense com a intenção de conseguir uma internação para Andréa, uma vez que Amanda está desempregada e sem condições financeiras para arcar com os custos de uma clínica.

Andréa Mahé, de banho tomado e roupa limpa, preparada para ir para a clínica. Foto – Reprodução de vídeo

A internação aconteceu em uma comunidade terapêutica. Contudo Andréa pediu para sair. Informações de um membro da família (que não quis se identificar) dão conta de que a saída foi autorizada pela família, e atualmente não se sabe onde Andréa está.

A irmã faz um apelo se alguém vir Andréa: “Peço que não a ajude com comida nem dinheiro, e comunique à família”.

A situação de Andréa pode parecer estranha aos olhos de Itabirito, mas é bastante comum, principalmente em grandes centros urbanos.

Andréa Mahé em 2015. Foto – Reprodução

Preferência pela rua

Para se ter uma ideia, no que diz respeito à população de rua, segundo dados de 2012 divulgados em editorial do Estadão, o Complexo de Prates, em São Paulo, destinado a tratamento e assistência a dependentes da Cracolândia, atendia a 180 pessoas por dia, embora tinha capacidade para atender 1.200.

Na época, havia 14.478 pessoas vivendo nas ruas da capital paulista. Dessas, apenas 7.713 usavam abrigos. As outras 6.765 preferiam dormir, comer e se banhar nas ruas, praças e viadutos.

Muitos têm casa, mas preferem morar na rua pela facilidade do acesso às drogas. “Uma característica comum dos moradores de rua é que eles são usuárias de crack, além de álcool”, ressaltou o psicólogo Plínio Malta Marangoni, em entrevista (de 2013) ao portal G1, ao esclarecer estudo feito pelo Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) de São Carlos (SP) que analisou homens que viviam nas ruas são-carlenses. 

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