GCM é acusado de importunação sexual contra menor que trabalha na Prefeitura de Contagem; agente nega
Imagens: Reproduções
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A Polícia Militar (PM) foi acionada na quarta (11/2) após o pai de uma adolescente (de 16 anos) denunciar que sua filha foi vítima de importunação sexual por parte de um Guarda Civil Municipal (GCM) na sede da Prefeitura de Contagem.

Segundo registros da PM (com base em relato da vítima), o guarda teria importunado a jovem repetidamente ao longo de aproximadamente um mês.

A adolescente, que trabalha na recepção da Prefeitura, disse que ele frequentemente faz observações inadequadas sobre a aparência dela, comparando-a com outra colega de trabalho, e chegou a fazer insinuações constragedoras. “Você é do ‘job’ (garota de programa) porque todo dia te vejo chegar em carro diferente e com os cabelos molhados”, teria dito ele, segundo a vítima.

Outras falas dele a ela (ainda de acordo com vítima): “A sua boca é tão pequena e, nossa, a da… (colega dela) é grande e carnuda” e “Se você namorar meu filho, ele vai parar de ficar tanto tempo trancado no banheiro”.

A gota d’água foi na quarta, pela manhã, por volta das 9h30, quando o guarda teria entrado no espaço da recepção em que ela trabalha, e sem autorização, tocado nos cabelos, no pescoço e na nuca da jovem, enquanto fazia comentários sobre a aparência dela.

“Ele levantou e abaixou meus cabelos, dizendo que eu estava com mais creme que outra colega de trabalho (também de 16 anos e testemunha de situações envolvendo o suspeito e a vítima)”, relatou a adolescente.

Sobre a coordenadora da GCM, Elaine, o pai da adolescente a acusou de prevaricação por não ter tomado as medidas cabíveis. Em sua defesa, Elaine afirmou que tomou as providências administrativas, e que no dia da denúncia o agente foi à sede da GCM para prestar esclarecimentos à imprensa sobre outra situação.

A colega de trabalho confirmou que presenciou o guarda tocando na vítima. Disse também ele tentou tocá-la. Contudo, ela conseguiu se afastar.

OUTRO LADO

O guarda negou as acusações. Ele afirmou que nunca fez comentários de cunho sexual ou desrespeitoso.

Destacou que atua há quatro anos na recepção da Prefeitura e nunca recebeu reclamações, apenas elogios. Dois colegas de trabalho também negaram ter presenciado qualquer conduta inadequada do agente.

O caso foi encaminhado à delegacia, onde os envolvidos prestaram depoimento.

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