Em tempos de crises sanitárias e emergências de saúde pública, a conscientização sobre os serviços de saúde disponíveis é crucial para evitar a sobrecarga do sistema.
No Brasil, as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) desempenham papéis fundamentais no atendimento à população, mas a correta utilização desses serviços é essencial para garantir a eficiência e a sustentabilidade do sistema de saúde.
As UPAs são estruturas de complexidade intermediária entre as UBSs e os hospitais. Elas funcionam 24 horas por dia, sete dias por semana, e são destinadas a atender urgências e emergências de média complexidade, como crises hipertensivas, fraturas, cortes e infartos.
As UPAs têm a capacidade de resolver a maior parte dos atendimentos, diminuindo a necessidade de internação hospitalar. Por outro lado, as UBSs são a porta de entrada preferencial para o Sistema Único de Saúde (SUS). Elas oferecem atendimento primário, focado na prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação de doenças.
Serviços como consultas médicas, odontológicas, vacinação, pré-natal e acompanhamento de doenças crônicas são realizados nas UBSs. Elas têm um papel crucial na identificação precoce e no controle de doenças, evitando que problemas de saúde se agravem a ponto de necessitar atendimento de emergência.
Quando as pessoas procuram as UPAs apenas para casos de urgência e emergência, deixam os hospitais disponíveis para os casos mais graves e complexos. Ao mesmo tempo, utilizar as UBSs para consultas de rotina e acompanhamento de doenças crônicas garante que essas condições sejam geridas adequadamente, prevenindo complicações que poderiam resultar em emergências.
Muitas pessoas desconhecem as diferenças entre as UPAs e as UBSs, resultando em uma busca inadequada por atendimento. Campanhas educativas são essenciais para informar a população sobre quando e onde procurar ajuda médica.
Quando os serviços de saúde são utilizados de maneira inadequada, a sobrecarga se torna inevitável. Hospitais e UPAs lotados podem levar a longos tempos de espera e a um atendimento de menor qualidade. Além disso, a pressão sobre os profissionais de saúde aumenta, resultando em maior estresse e risco de erros.
Conhecer e utilizar corretamente os serviços de saúde pública é uma responsabilidade compartilhada que beneficia a sociedade como um todo. Investir em educação e conscientização sobre o uso desses serviços é essencial para evitar a sobrecarga do sistema.