Vacina anticovid da AstraZeneca, em casos raros, pode causar trombose
Foto: Sergio Perez - Reuters
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Pela primeira vez, a AstraZeneca admitiu que a sua vacina contra a covid-19 pode causar um “efeito colateral raro”. A informação é do jornal britânico “The Telegraph”.  O periódico informou que a farmacêutica é alvo de uma ação coletiva em que 51 famílias pedem indenização de até £ 100 milhões (cerca de R$ 650 milhões).

E foi justamente na Justiça que a AstraZeneca informou que o imunizante pode, em casos muito raros, causar síndrome de trombose com trombocitopenia. “Trata-se de uma condição caracterizada pela formação de coágulos de sangue e pode ocasionar o entupimento de veias e artérias”, escreveu o site Metropóles.

Em uma carta enviada em maio de 2023 aos advogados de um dos requerentes, a AstraZeneca disse que “não aceita que a vacina cause TTS ao nível genérico, mas admite que a condição pode, em casos raros, ser um dos efeitos colaterais do imunizante. 

No Brasil, a vacina foi produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Segundo o Ministério da Saúde, todas as vacinas ofertadas à população são seguras, eficazes e aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS). “A vacina fabricada pela empresa AstraZeneca/Oxford, desenvolvida no início da pandemia, e produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), foi extremamente importante para o controle dos casos e redução de óbitos por covid-19 no país e no mundo, salvando milhares de vidas. Desde dezembro de 2022, essa vacina é indicada para pessoas a partir de 40 anos, de acordo com as evidências científicas mais recentes”, disse órgão do Governo Federal. 

“O atual cenário da covid-19 no país, com redução de casos graves e óbitos pela doença, é resultado da população vacinada. Os eventos adversos, inerentes a qualquer medicamento ou imunizante, são raros e ocorrem, em média, um a cada 100 mil doses aplicadas, apresentando risco significantemente inferior ao de complicações causadas pela infecção da covid-19”, lê-se no comunicado. 

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