Nova Lima e BH: fraude liderada por advogado resulta na apreensão de 3 carros de luxos
Dois dos três carros que foram apreendidos pela PC - Foto: Polícia Civil
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Um esquema milionário de fraudes fiscais, organizado por um advogado tributarista (de 35 anos), resultou na apreensão de três veículos de luxo avaliados em mais de R$ 3 milhões, além de U$ 4.241 (algo em torno de R$ 23 mil) em espécie, celulares, notebooks e documentos.

A operação foi conduzida pela Polícia Civil (PC) na última sexta (6/6), em cinco endereços localizados em Belo Horizonte e Nova Lima (na Grande BH).

Segundo a PC, com base nos levantamentos da equipe do Departamento de Combate à Corrupção e Fraudes (Deccof), a Justiça também determinou o sequestro de todos os valores e ativos financeiros nas contas dos investigados, além de quatro carros de luxo e dois apartamentos de alto padrão em Brasília. O montante total de bens bloqueados e apreendidos ultrapassa os R$ 13 milhões.

As investigações tiveram início após diversas empresas denunciarem à polícia que haviam sido vítimas de estelionato. Conforme apurado, o grupo criminoso usava um escritório de advocacia e uma empresa de consultoria registrada em nome do advogado para oferecer serviços de suposta consultoria jurídico-tributária. As vítimas eram convencidas da possibilidade de reduzir a carga tributária estadual e federal por meio de uma reestruturação financeira.

O delegado Rafael Alexandre de Faria, responsável pela investigação, explicou o funcionamento do esquema. “Para simular essa economia fiscal, o investigado forjava documentos e decisões judiciais falsas que indicavam a existência de créditos tributários inexistentes, os quais seriam supostamente compensados junto aos fiscos estadual e federal”, detalhou.

Além do advogado, outros três homens são investigados por participação nos crimes de estelionato, organização criminosa, lavagem de dinheiro e outros delitos ainda sob apuração, como falsificação de documentos públicos e particulares e uso de documentos falsos.

Até o momento, a PC já identificou dez empresas vítimas nas cidades de Belo Horizonte, Contagem, Betim, Divinópolis, São Joaquim de Bicas e Itaúna. As investigações continuam.

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