Rua principal de Antônio Pereira. Foto - Reprodução
Meplo
RADAR GERAL - 970x250px
Compartilhe:

Como parte do Projeto Horizonte, da mineradora Vale, os empreendedores “Coumeia”, de Antônio Pereira, distrito de Ouro Preto (Região Central de Minas), ampliaram seus negócios. “Coumeia” significa Centro de Orientação ao Uso do Mel e dos Produtos Apícolas. Trata-se de um grupo que tem o objetivo de profissionalizar a atuação dos apicultores da localidade.

A ideia inicial era incentivar esses pequenos produtores do distrito ouro-pretano a confeccionar e vender bioembalagens feitas de cera de abelha.

Contudo, após participar das capacitações do Projeto Horizonte, o grupo descobriu que pode atuar em quatro outras áreas e ampliar os benefícios do projeto, gerando renda para ainda mais famílias de Antônio Pereira. “Tínhamos o ouro nas mãos, mas não sabíamos dar valor pois ele estava em pedra bruta”, conta Sandra Moura, coordenadora do Coumeia.

Itabirito e outras localidades de MG

Dentro do Projeto Horizonte, empreendedores das regiões de Itabirito, Barão de Cocais, Macacos, Antônio Pereira, Engenheiro Correia e Santa Bárbara são convidados para encontrar soluções inovadoras aos problemas enfrentados pelos moradores locais.

Benefícios

Ainda sobre o Coumeia, cursos on-line para capacitação dos apicultores de Antônio Pereira são oferecidos em cinco eixos: cera de abelha, mel, própolis, pólen e geleia real. “Faltava informação, eles cobravam muito pouco pelos produtos. Com os cursos, os produtores exploram melhor os recursos disponíveis e movimentam toda a cadeia, formando os arranjos produtivos locais”, explica Sandra, que também é professora do curso de Engenharia Ambiental da Ufop (Universidade Federal de Ouro Preto – onde surgiu o Coumeia).

Um dos exemplos é o aproveitamento dos retalhos das produções das costureiras locais, que agora poderão ser transformadas nos panos encerados, com cera de abelha que também era descartada. As quitandeiras da região também vão se beneficiar do mel produzido com ainda mais qualidade.

“Nosso objetivo, ao financiar o Projeto Horizonte, é gerar oportunidades de melhoria das condições de vida dessas populações. Entendemos que na medida em que se capacitam, poderão gerar mais negócios, renda para suas famílias e ampliar o mercado de trabalho de suas comunidades”, afirma Flávia Soares, gerente de fomento econômico da Vale.

Da ideia à prática

A primeira etapa do Projeto Horizonte, a Maratona Empreendedora, capacitou mais de 1.200 pessoas, direta e indiretamente, com negócios em quatro frentes: 1- soluções para cidades sustentáveis e economia circular, 2- desenvolvimento rural e turismo ecológico, 3- inclusão digital, educação e infraestrutura e 4- saúde comunitária e tecnologias para o bem-estar.

Todos passaram por oficinas, bate-papos com empreendedores, sessões para tirar dúvidas e outras atividades em temas relativos ao empreendedorismo e à inovação. Como resultado, puderam criar ou adaptar seus empreendimentos para um modelo de negócio com propósito.

Atualmente, 78 projetos, escolhidos entre os 105 concluintes da Maratona Empreendedora estão na fase de pré-aceleração, e contam com assessoria técnica, oficinas quinzenais e mentorias para testar e validar seus negócios.

No fim dessa etapa, serão selecionados os 39 projetos com mais destaque para a fase de aceleração, que acontece de outubro de 2021 a outubro de 2022. “Antes do Projeto Horizonte, o Coumeia o estava só na ideia. Precisávamos desse olhar empreendedor, já que temos o olhar mais científico dentro da academia. É um ganho imenso o que já conseguimos agregar de conhecimento para equipe”, comemora Sandra Moura.

Compartilhe: