Nesta quarta-feira (08/11) o “Busão das Artes” estaciona na Praça Cesário Alvim (Praça da Estação) em Ouro Preto (Região Central de Minas). A exposição ficará na cidade patrimônio até o dia 18/11 e tem como tema apresentar o universo dos fungos, bactérias e vírus com uma forma interativa e lúdica a crianças e adultos. A entrada é gratuita durante todos os dias e o horário de visitas funciona de quarta-feira a sábado das 9h30 às 17h.
O projeto visa atender não só ao público que visita o Busão, mas também busca contatos com escolas públicas e privadas da cidade para divulgar o programa, como uma forma de propagar educação também nas escolas do município.
Quem for visitar o Busão terá a oportunidade de se aprofundar em temas da ciência e conhecer por exemplo uma balança que calcula o peso não-humano, ela pesa apenas os micróbios no organismo de um indivíduo.
O Busão
O projeto teve início em 2021, no Rio de Janeiro, com obras de Jaider Esbell, Vik Muniz, Piero Manzoni, Walmor Corrêa, Ricardo Carvão, Ricardo Siri, Vivian Caccuri, Suzana Queiroga e tantos outros artistas da exposição.
O Busão das Artes é um caminhão de 15 metros que foi adaptado para receber experimentos e atividades interativas com abordagens científicas, levando conhecimento e educação por onde passa. O projeto foi sucesso nas capitais em que passou. Em Belo Horizonte, por exemplo, o índice de visitação passou de dois mil.
Conheça um pouco sobre as obras
“A vida vem da luz invisível — Os povos que moram no nosso corpo” é a obra de Jaider Esbell (1979-2021), indígena da etnia Macuxi, e mostra a interação entre fungos e bactérias – uma das mais antigas colaborações e competições da natureza.
“Merde Essenciel” foi criada por Piero Manzoni (1933-1963) e fala sobre o destino das fezes na Natureza, ao tornarem-se um ambiente de nutrientes e bactérias que impulsionam novas vidas enquanto preservam sua identidade biológica.
“Como conversar com árvores”, de Ricardo Carvão, é composta por esculturas de materiais reutilizados que mostram como as substâncias atravessam e se transformam dentro de cada célula do corpo, bem como nas árvores.
“Polonizando ideias” é a de Ricardo Siri, que traça um paralelo entre os humanos e as abelhas a partir da biologia e da essencial arte de polinização, permitindo que o ciclo reprodutivo das flores seja completado.
“Curiosar”, de Suzana Queiroga, traz uma experiência tridimensional dos corpos se entrelaçando com camadas de culturas bacterianas em escala humana.
“Umbigos” é a mostra de Vik Muniz, com a mais completa biometria de um ser humano: a microflora do umbigo (mais identitária do que qualquer outra forma de tornar o indivíduo único).
“Sesmaria Soundsystem”, de Vivian Caccuri, é um sistema de som modelado puramente a partir de rapadura obtida da cana-de-açúcar, reinterpretando derivados da cana em mídia de reprodução de som que ecoam barulho das folhas da cana, das queimadas e dos insetos que gravitam em torno do material.
“Pikaia” é a instalação de Walmor Corrêa, que oferece a imagem do beijo imaginário da Pikaia gracilens – animal marinho extinto que viveu há 505 milhões de anos, no período Cambriano, na forma de cartazes e adesivos.
Veja algumas fotos das obras:
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