Ouro Preto: mãe de aluno com quadro de autismo denuncia falta de monitor para filho em escola municipal
Escola Major Raimundo Felicíssimo, de Amarantina, Ouro Preto - Foto: Reprodução
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Matéria atualizada às 17h18 de 10/2/2023 com a resposta da Prefeitura ouro-pretana.

Ouro Preto (Região Central de Minas) – Em Amarantina, auxiliado por sua família, uma criança de 6 anos de idade, diagnosticada com um quadro de autismo, consegue ir à escola, brincar e realizar atividades da idade. Porém, nos últimos dias, o estudante tem tido o direito à educação negado, já que a Prefeitura Municipal não realizou a contratação de um monitor particular para ele frequentar a Escola Municipal Major Raimundo Felicíssimo.

A criança faz parte do 2º ano do ensino fundamental, mas em 2023 ainda não pôde ir às aulas, por falta de monitores que realizem seu acompanhamento letivo. Jordana Marques, mãe da criança, explicou que toda documentação para comprovação do quadro de autismo do filho foi devidamente apresentada, mas que, mesmo assim, o profissional necessário ainda não foi contratado.

Quando a criança entrou na escola, Jordana teve de ir ao Ministério Público para conseguir o monitoramento. Segundo relatos da mãe, para o atual ano letivo, a contratação do profissional ainda não foi feita pela Prefeitura de Ouro Preto, mesmo com as aulas já em andamento.

A moradora de Amarantina entrou em contato com a Secretária Municipal de Educação que, segundo ela, foi solícita no atendimento, mas não resolveu, até o momento, o problema.

A mãe obteve a informação de que a contratação do monitor está parada no setor de Recursos Humanos da Prefeitura de Ouro Preto desde o dia 3 de janeiro de 2023.

Sensível à situação do filho, Jordana Marques desabafou e relatou como o aluno tem reagido à privação de não poder comparecer à escola. “Três dias de aula perdidos, com meu filho em casa chorando porque não pode ir à escola (…) Eu estou sem saber o que faço, porque isso é um absurdo. Meu filho tem 6 anos. Independentemente de ser autista, ele tem o direito de ir à escola, ele não pode ser impedido. O meu filho está sendo impedido de ir à escola porque não tem quem olhe”, desabafou.

O que diz a Prefeitura?

Em resposta ao Radar Geral, a Prefeitura de Ouro Preto afirma “que está ciente da situação e já tomou providências para a contratação do monitor. Os documentos, inclusive, já foram encaminhados ao RH”.

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