O novo vertedouro da barragem Doutor, na mina Timbopeba, em Ouro Preto (Região Central de Minas), começou a operar hoje (16/9). O canal é uma importante etapa do processo de descaracterização da estrutura e terá a função de drenar a água do reservatório, aumentando a segurança para as próximas fases das obras para eliminar o barramento construído pelo método a montante.
A construção do vertedouro começou em agosto de 2020 e foi uma etapa preliminar ao processo que irá eliminar a função da estrutura de reter rejeito e água. Ele ajudará a manter o volume da barragem reduzido, canalizando a água do reservatório, sobretudo no período chuvoso. Paralelamente, a Vale segue realizando atividades complementares de drenagem e revegetação na área do vertedouro até o final de 2021.
Vertedouro aumenta a segurança para as próximas fases das obras
Na sequência, serão iniciadas ações preliminares (como a montagem do canteiro de obras) para próxima etapa do processo de descaracterização da barragem. Essa nova fase está prevista para começar em 2022 e consiste na construção de reforços para o maciço e um dique auxiliar da barragem, com objetivo de aumentar a segurança.
A eliminação de barragens construídas a montante (sobre rejeitos ou sedimentos) é um compromisso assumido pela Vale desde o rompimento em Brumadinho e teve como base mudança na lei federal sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em outubro de 2020.
O rompimento de Brumadinho provocou uma mudança na gestão de barragens da companhia para garantir mais segurança para suas estruturas e comunidades próximas.
Uma das medidas adotadas é o monitoramento contínuo dos trabalhos com o objetivo de identificar e eliminar quando possível ou reduzir ao máximo os impactos das obras para as pessoas. Outra ação foi a utilização de uma mistura a base de cimento e fibras vegetais capaz de reduzir a poeira e contribuir para a reposição do solo.
A barragem Doutor também é monitorada permanentemente pelo Centro de Monitoramento Geotécnico da empresa e passa por inspeções regulares. A estrutura teve o nível de emergência reduzido de 2 para 1, em maio deste ano, o que atestou o aumento da sua segurança e estabilidade.
Descaracterização – Desde 2019, a Vale já eliminou seis estruturas construídas a montante. A última, em julho, foi a barragem Fernandinho, em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. No total, 30 estruturas, incluindo diques, barragens ou empilhamentos deixarão de existir ou perderão suas características de alteamento a montante no país. Todo o processo é acompanhado pelos órgãos reguladores e por auditoria técnica do Ministério Público.
A construção do vertedouro começou em agosto de 2020 e foi uma etapa preliminar ao processo que irá eliminar a função da estrutura de reter rejeito e água.
Participação
Ao longo do processo de descaracterização da barragem Doutor, um dos compromissos da Vale é repassar informações com frequência e transparência à comunidade de Antônio Pereira.
Na semana passada, um grupo de moradores do distrito visitou a barragem para acompanhar o andamento das obras e tirar dúvidas. O grupo passou pelos mirantes da barragem e do vertedouro, acompanhados das equipes técnicas da empresa e seguindo os protocolos de segurança.
“Buscamos a participação da comunidade em todos os processos, da construção do Plano de Compensação, que contempla ações para o desenvolvimento socioeconômico de Antônio Pereira, ao acompanhamento das obras na barragem”, explica Lucas Soares, gerente de Reparação de Territórios da Vale.
Esta matéria tem como base release enviado à imprensa pela Comunicação da Vale.