Em Ouro Preto (MG) não faltam exemplos de alunos que, por lei federal, têm de ser assistidos por um monitor durante o tempo em que eles estão na escola. Recentemente, o Radar Geral divulgou o caso de João (8 anos). Felizmente, o problema dele foi solucionado. Contudo, outros ainda estão na pendência. É o caso de Isaac (de 5 anos).
O pequeno da vez também é autista. Ele está no 2º período da Escola Municipal Major Raimundo Felicíssimo (a mesma de João), em Amarantina.
A mãe de Isaac, Dayanne Aparecida Fernandes, vive a incerteza em meio a várias informações diferentes que ela recebe quando faz pergunta: “Quando será contratado o monitor para acompanhar o meu filho?” – lembrando que as aulas começaram em 7/2.
“Estou praticamente três dias ligando para a Secretaria Municipal de Educação de Ouro Preto, mas ninguém atende. Já na escola, eu consigo conversar, mas eles só pedem pra esperar”, disse ela ao Radar na quarta (19/2).
Na mesma quarta-feira, Dayanne contou que a escola relatou que Isaac saiu da sala de aula três vezes. “Se ele se machucar, quem vai ser responsável?”, questionou ela.
Assim como a mãe de João, Dayanne chegou a procurar o Ministério Público (PM). Entretanto, até neste órgão as informações não a deixaram animadas. “Talvez quarta ou quinta da semana que vem é que ‘eles’ devem chamar (a monitora) para fazer exame ainda”, relatou ela com base em informações que teria recebido do MP.
OUTRO LADO
Pelo telefone, a Prefeitura de Ouro Preto afirmou que a pendência, em toda a cidade, são (ao todo) de 180 monitores.
“A Prefeitura está ciente dos casos e está correndo atrás para resolver todos eles. Os monitores estão sendo contratados – passando pelo RH e pela ‘Saúde Ocupacional’. Em meio a esse processo, alguns desistem, e a Prefeitura, então, tem que chamar outro. Muitas vezes, por isso, demora. A Prefeitura vai cumprir com as normativas para que as PcDs (pessoas com deficiência) possam ser atendidas. Ao mesmo tempo, compreende que por falta de monitor, muitas vezes, os pais não conseguem trabalhar. Contudo, não tem como burlar os trâmites legais para a contratação. Não há omissão da Prefeitura”, informou uma servidora da Comunicação.
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