Karolina de Paiva (de 29 anos) foi condenada a 16 anos de prisão em regime fechado por ter envenenado, com chumbinho, o próprio marido: Denis Carneiro, com quem viveu 4 anos, após ter sido o pivô do término do primeiro casamento dele.
Denis acabou morrendo em 11/2, de 2023, na Rodoviária de Itabirito (MG).
A decisão do Tribunal do Júri, em Betim (Grande BH), foi divulgada, ontem (10/1), pela Rádio Itatiaia.
Momento antes de morrer, Denis passou mal a caminho de Ponte Nova para visitar os pais. “Ele chegou a ligar e mandar mensagens para a esposa, mas morreu em Itabirito”, informou a emissora.
Contudo, a esposa ao invés de ligar para o serviço de emergência, foi até onde o marido estava, após chamar um carro de aplicativo. Essa demora teria contribuído, sobremaneira, para a morte – que aconteceu no carro.
“Meu filho, eu não vou ter mais. Eu espero o meu filho chegar até hoje, (mas) ele não chega”, disse Maria Rosário Carneiro, a mãe de Denis, em depoimento emocionado à Record Minas, no dia do julgamento, quando usava camiseta pedindo justiça.
Segundo a Itatiaia, “relatos da família, em março de 2022, dão conta de que vítima chegou a ficar internada num hospital de Betim por nove dias, sendo dois no CTI, com suspeita de envenenamento”.
A MORTE
Denis foi morto aos 38 anos. O Ministério Público afirma que o crime foi motivado por ciúmes e ganância. Karolina queria ficar com a casa, o carro e um seguro de R$ 55 mil do companheiro.
A mulher estava presa desde abril e aguardava o julgamento na cadeia.
“O júri foi marcado exatamente na data do aniversário dele. Então, já era um dia difícil e foi muito pior pelo fato da gente passar dentro de um tribunal. A gente sempre comemorava o aniversário dele, ele gostava de comemorar. Mas graças a Deus, a justiça foi feita no final. A gente fica com um breve sentimento de conforto, mas nada vai trazer meu irmão de volta. Pelo menos temos a sensação de dever cumprido”, disse à Itatiaia Lidiane Carneiro Silva, irmã da vítima.
“Só quem perdeu um filho sabe. Eu vi o depoimento dela e foram muitas mentiras. Foi muito nojento. A defesa mentia descaradamente, parece que eles não têm filho. Se eles tiverem, tenho até dó dos filhos deles. Eles fizeram um teatro com o corpo do meu filho. Para a gente aqui fora 16 anos é rápido, mas lá dentro é um inferno. Ela vendeu a alma para o diabo porque quis. É o lugar dela. Se ela conviver em sociedade, pode fazer a família de outra pessoa chorar”, afirmou, também à rádio, Airton Silva, pai de Denis.
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