Acordos individuais por causa das evacuações (em Itabirito, Ouro Preto, Barão de Cocais e Nova Lima) que se deram por riscos de rompimento de barragens somam mais de 570 milhões de reais. Fotos - Reproduções
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Cerca de 13 mil pessoas impactadas pelo rompimento da barragem B1, em Brumadinho, já celebraram acordos de indenização com a Vale. Somados, os acordos firmados superam o valor de R$ 3 bilhões. Em Barão de Cocais, Nova Lima, Itabirito e Ouro Preto, municípios que tiveram comunidades evacuadas em decorrência do aumento do nível de emergência de barragens, cerca de 3 mil pessoas firmaram acordos, em valores que superam R$ 570 milhões. A informação foi divulgada, pela mineradora, em nota à imprensa.

No total, foram firmados mais de 6,5 mil acordos, sendo 5,1 mil cíveis, contemplando mais de 10,4 mil pessoas e 1,4 mil acordos trabalhistas, envolvendo cerca de 2,4 mil pessoas. “O avanço das indenizações reflete o compromisso da Vale em concluir os processos de indenização e promover uma reparação integral”, informou a empresa.

Para que as pessoas possam fechar seus acordos de indenização extrajudicial com mais agilidade e isonomia, foram assinados um Termo de Compromisso entre a Vale e a Defensoria Pública de Minas Gerais, para os casos de indenizações cíveis. Já no âmbito trabalhistas, as indenizações são pagas após adesão aos acordos firmados com o Ministério Público do Trabalho e entidades sindicais. Esses termos servem de parâmetro para indenizações, prevendo os valores, as condições e os critérios, e possibilitam que as pessoas impactadas negociem voluntariamente suas indenizações.

Suporte pós-indenização

Para além do aspecto financeiro, as pessoas indenizadas, que assim desejarem, têm acesso gratuito a apoio psicossocial, educação financeira, suporte técnico para compra de imóvel ou para microempreendedorismo e atividades agropecuárias. Oferecido desde julho de 2019 pela Vale para ajudar no planejamento do futuro, o Programa de Assistência Integral ao Atingido já atendeu cerca de 4 mil pessoas.

Flavia Lerman é uma das participantes do programa. Após receber a indenização pela remoção preventiva, realizada em 2019, em Macacos, distrito de Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, ela contou com o apoio de consultores financeiros para gerenciar melhor o montante recebido e com o suporte de advogado e arquiteto para escolher e comprar seu novo imóvel.

“Esse programa me ajudou a organizar minha vida financeira. Em oito encontros, aprendi a poupar e investir. Também auxiliou na compra do meu imóvel, com vistoria de arquiteto e avaliação de advogado, garantindo que eu estivesse segura ao adquiri-lo, sem problemas no futuro”, contou Flavia.

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