Nesta terça (21/1), o motorista da carreta envolvida no acidente que matou 39 pessoas na BR-116, em Teófilo Otoni (MG), em dezembro do ano passado, foi preso pela Polícia Civil no Espírito Santo.
A prisão foi confirmada pelo governador de Minas, Romeu Zema (Novo) – que informou, por meio das redes sociais, que o condutor estava sob efeito de substâncias ilícitas no momento do acidente. Segundo o exame toxicológico realizado no dia 23/12, dois dias depois da batida, o condutor usou cocaína, ecstasy e alprazolam.
A colisão aconteceu na madrugada 21/12 e envolveu um ônibus de viagem e a carreta carregada com blocos de granito, alem de um carro, no km 285 da rodovia, na altura de Lajinha.
Arilton Bastos Alves, o motorista da carreta, fugiu do local e só se apresentou à polícia dois dias depois. Na época, a Justiça negou o pedido de prisão preventiva e ele foi liberado.
Segundo o G1, na segunda (20/1), a Justiça revisou a decisão e decretou a prisão dele. Segundo o juiz Danilo de Mello Ferraz, da 1ª Vara Criminal da Comarca de Teófilo Otoni, fatores como o excesso de velocidade, o sobrepeso da carga, o uso de substâncias entorpecentes e a fuga do local do acidente justificaram a mudança.
De acordo com a decisão judicial, Arilton Bastos Alves conduzia o veículo com cerca de 100 toneladas a 90 km/h – acima do limite permitido de 80 km/h.
Defesa contesta prisão
A defesa do motorista disse, em nota, que foi surpreendida pela decisão de prisão preventiva. “O caso ainda está em fase de investigação. Não fomos cientificados dos fundamentos da prisão e tomaremos todas as providências jurídicas cabíveis para assegurar o devido processo legal, o direito de defesa e a restauração da liberdade”, afirmou.
O acidente
A tragédia ocorreu às 3h30 da madrugada do dia 21 de dezembro de 2024. O ônibus da empresa Emtram havia saído de São Paulo na manhã do dia 20 com destino à Bahia. A colisão com a carreta e o carro resultou em 39 mortes, tornando-se um dos acidentes mais graves registrados na BR-116.
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