Em matéria divulgada neste domingo (2/6), a Agência Minas trouxe ações do Governo do Estado para manter as unidades de conservação (UCs) em Minas Gerais – unidades essas geridas pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF). No texto, Ouro Preto e Ouro Branco são citadas como habitat de espécies raras. Muito raras!
No Parque Estadual Serra de Ouro Branco, por exemplo, foi registrada a orquídea (Anathallis ourobranquensis), que só existe nesse parque.
No local, há também espécies endêmicas da Serra do Espinhaço (da qual faz parte o parque ouro-branquense), como canelas-de-ema e arnicas. Em relação à fauna, a unidade de Ouro Branco possui registros do urubu-rei (bastante difícil de ser encontrado), além do lobo-guará e do beija-flor-de-gravata-verde.
Já em Ouro Preto, mais exatamente na Estação Ecológica do Tripuí, criada há cerca de 40 anos, existe o Peripatus acacioi: um raro invertebrado conhecido por ser um anelídeo misturado com aracnídeo.
A espécie é considerada um fóssil vivo de 350 milhões de anos e é por causa do Peripatus que a Estação Ecológica foi criada – para garantir a proteção da espécie.
Ainda no Itacolomi, uma nova espécie de libélula (Heteragrion itacolomii) foi coletada, em 2018, por meio do trabalho de pesquisadores. Dois anos depois, a espécie foi registrada e batizada em homenagem à unidade onde foi encontrada.
Outra descoberta no Itacolomi foi de uma nova espécie de árvore (Mollinedia fatimae), cuja pesquisa teve o artigo publicado em 23/10/2023, na Revista Botânica PhytoKeys.
Da linha Monimiaceae, que é uma família de arbustos, árvores ou cipós predominantemente encontrados em florestas tropicais, a Mollinedia fatimae é considerada endêmica, a única do gênero descrita para o quadrilátero ferrífero, já está avaliada como criticamente ameaçada de extinção.
“Essa árvore depende dessa vegetação para existir. Se a gente destruir esse ambiente, ela também deixa de existir. As unidades de conservação funcionam como refúgios para esses animais e para essas plantas porque oferecem condições e recursos específicos para sobrevivência”, afirma Hugo Soares, monitor do Itacolomi, em depoimento à Agência Minas.
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Matéria feita com base em informações, deste domingo (2/6), da Agência Minas.
