
ITABIRITO (MG) – Nesta quinta (10/4), por volta das 15h30, a Guarda Civil Municipal (GCM) atendeu a uma ocorrência de maus-tratos contra animais numa casa na localidade de Água Limpa.
Animais mortos (incluindo um cão) ou ainda vivos, mas famintos, em meio à sujeira e fedor.
A ação da GCM se deu em apoio à Comissão de Proteção à Fauna após denúncia anônima – que relatava que os bichos estavam há dias nessas condições.
Ao chegar ao local, uma servidora veterinária realizou contato com uma idosa (de 68 anos) que se identificou como responsável pela residência e que permitiu a entrada da equipe.
Havia vários bichos no quintal: 15 porcos, 1 vaca, 3 gatos e 30 galinhas. Todos sem água e sem comida.
Diante da situação, a dona da casa deu água aos animais após pedido da comissão.
Na sequência, foi visto um cachorro morto, pendurado (preso) no muro da residência, como se tivesse sido enforcado pela própria corrente. Ao questionar a dona da casa sobre a situação, ela se mostrou surpresa e disse que não sabia o que tinha acontecido, pois (segundo ela) o cachorro foi alimentado (por ela) na manhã do mesmo dia.
IMAGENS DA “CASA DO TERROR” PARA OS ANIMAIS E DA AÇÃO DA EQUIPE QUE LÁ ESTEVE:


Contudo, uma outra denúncia anônima anterior falava a respeito desse cão enforcado – o que leva a crer que a idosa mentiu.
O mau cheiro que vinha do animal morto foi percebido por todos da equipe. O cachorro estava inchado, em rigidez cadavérica e com larvas saindo pela boca.
Durante a ação, a guarnição ouviu barulho vindo da área interna da residência. Sons que se assemelhavam a cão grunhindo e arrastar de correntes.
De fato! Dentro da casa estavam mais seis cachorros presos (em correntes curtas, semelhantes as do animal morto). Todos os cães foram recolhidos pela comissão e encaminhados ao Canil Municipal.
Foram resgatados ainda 5 aves, que também estavam em situação precária: 1 papagaio, 1 pássaro silvestre (de cor preta) e 3 calopsitas (juntas na mesma gaiola). A informação que se tem é que os outros bichos serão resgatados posteriormente.
Indagada se ele tinha autorização para ter os silvestres, a dona da casa respondeu que não.
Como se não bastasse, no galinheiro, foram identificadas algumas galinhas mortas.
Em dado momento, a autora apresentou comportamento resistente. Contudo, depois de muita conversa, ela aceitou ir à Delegacia (sem fosse necessário o uso de algema).
Sendo assim, ela foi conduzida no banco de trás da viatura juntamente com o terceiro integrante da GCM.
VEJA VÍDEO: