A tragédia ambiental foi registrada como a maior do país - Foto: Corpo de Bombeiros
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A partir da próxima segunda-feira, 6 de novembro, o Ministério Público Federal (MPF) realizará interrogatórios com os acusados no processo criminal instaurado em decorrência do rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, na região Central de Minas Gerais.

Os interrogatórios terão como base a denúncia apresentada pelo MPF em outubro de 2016. Na ocasião, 21 pessoas físicas foram acusadas pelo crime de homicídio qualificado com dolo eventual devido à morte de 19 pessoas em 2015.

Essas vítimas foram tragicamente soterradas pela lama que desceu após o rompimento da barragem da Samarco, empresa que na época prestava serviços para as mineradoras Vale e BHP Billiton.

De acordo com o sistema judicial, a demora no julgamento, que ficou parado por aproximadamente três anos durante a pandemia da Covid-19, também resultou na prescrição de dois crimes ambientais. Esses crimes incluem a destruição de plantas em espaços públicos e propriedades privadas alheias, bem como a destruição de florestas ou vegetação que fixam dunas e protegem manguezais, conforme descritos nos artigos 49 e 50 da Lei 9.605/98, respectivamente.

Calendário dos interrogatórios dos réus:

06/11 – 13h – Germano Silva Lopes

07/11 – 10h – Daviely Rodrigues Silva / Wagner Milagres Alves

08/11- 10h – Kléber Luiz de Mendonça Terra / Ricardo Vescovi de Aragão

09/11- 10h – BHP Billiton / Vale S.A.

13/11 – 10h – Samarco

13h – Paulo Roberto Bandeira / Samuel Santana Paes Loures / VogBr Recursos Hídricos e Geotecnia

O processo terá início oito anos após a tragédia que resultou na morte de 19 pessoas e foi considerada o maior desastre ambiental do país. O rompimento da barragem do Fundão ocorreu em 5 de novembro de 2015, marcando um trágico marco na história.

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