Em vídeo feito ontem (16/2), em que é possível ver as marcas da agressão pelo seu corpo, a travesti (como define a si prória) Inaiê Vilhena, de Mariana (MG), conta como foi a violência sofrida por ela em via pública na porta de um bar, no bairro Chácara.
VEJA VÍDEO:
No fim do relato, disse que procura pelo casal que a ajudou. A travesti vai pedir aos dois que sejam testemunhas no processo judicial que vai mover contra os criminosos: “Eu tô viva, tô com ódio e vou até o final para que a Justiça seja feita. E pra que nenhuma mulher trans, travesti, homem trans, que ninguém passe por isso. Eu sabia que isso um dia ia aconetecer comigo porque eu nunca serei passável porque eu sou travesti”, disse.
Segundo a vítima, o caso teria começado quando ela, ao voltar para casa vinda de uma festa nas proximidades, foi pegar uma cerveja num bar, que fica perto de sua residência.
Foi quando um homem começou a insultá-la: “Traveco! ‘Viado!’”. Ela pediu respeito e tentou sair. Mas foi puxada pelos cabelos. Começaram, assim, os espancamentos realizados por cerca de cinco pessoas.
Ao tentar se recompor (ajudada pelo casal), os autores, pela 2ª vez, voltaram. Eles estavam com o celular de Inaiê. Enquanto a agrediam novamente, eles pediam a senha. Ela, então, passou uma senha errada.
Os autores saíram após obter a senha falsa, mas retornaram depois de um tempo. Quando eles voltavam, a mulher do casal pediu para que Inaiê corresse. Ela correu, mas caiu por estar de bota, e foi pega novamente pelo grupo (que incluía uma mulher). Foi quando foi agredida pela 3ª vez.
Minutos depois, graças às câmeras da Central de Monitoramento, chega a Guarda Civil Municipal. Três (que seriam autores) foram levados para a delegacia.
As prefeituras de Mariana e Ouro Preto emidiram nota repudiando o crime.
LEIA 1ª MATÉRIA SOBRE O ASSUNTO:
