Vale doa quase 78 mil blocos, produzidos a partir do rejeito, para Apac de Itabirito
A Fábrica de Blocos do Pico e a Apac de Itabirito - Fotos: Vale e Reprodução
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A Vale realizou, no último mês, a doação de 77.760 blocos para obras de construção civil da Apac (Associação de Proteção e Assistência ao Condenado) de Itabirito-MG. Os materiais foram desenvolvidos na Fábrica de Blocos do Pico, que funciona dentro da mina do Pico da Vale, também em Itabirito, e reaproveita o rejeito gerado na produção de minério de ferro para a fabricação de produtos pré-moldados.

Os blocos doados viabilizarão a construção de 1.584 metros quadrados de pavimentos, representando uma economia de mais de R$ 270 mil à APAC do município, sem contar o frete, que também foi realizado pela Vale sem custos para a instituição.

“Para nós da Aapc, esta doação é de grande relevância. Vamos conseguir fazer o calçamento do piso de um projeto que estamos montando para formação profissional dos nossos internos e também calçar as áreas de estacionamento para visitantes e funcionários, trazendo mais conforto e segurança para a associação”, disse Rogério Júnior, presidente da Apac Itabirito.                                                                                                                                  

Essa foi a primeira doação de blocos da fábrica da mina do Pico. Segundo Jefferson Corraide, diretor do Complexo Vargem Grande da Vale, foi preciso aguardar análise e autorização dos órgãos reguladores para que a empresa pudesse doar os produtos.

Entrega de blocos que serão utilizados em obras de pavimentação da APAC de Itabirito

O diretor espera destinar, ainda este ano, cerca de 500 mil blocos para doação a municípios, instituições com projetos sociais e obras de construção civil nas unidades da empresa.

O reaproveitamento do rejeito, como principal matéria-prima dos produtos, é também uma solução ambiental porque dispensa o uso de areia natural, considerado o recurso da natureza mais explorado no mundo, depois da água.

A Fábrica de Blocos do Pico, inaugurada em 2020, foi a primeira iniciativa de mineração circular da Vale, após mais de 10 anos de estudos e pesquisas para o desenvolvimento de soluções para o reaproveitamento dos rejeitos da atividade de mineração.

A fábrica pode absorver até 30 mil toneladas de rejeitos por ano para a produção de produtos pré-moldados, evitando a destinação do material para barragens.

Em 2021, um ano após a criação da Fábrica de Blocos do Pico, a Vale desenvolveu uma areia sustentável a partir do tratamento dos rejeitos gerados pelas suas operações de minério de ferro em Minas Gerais, com qualidade comercial e certificação em laboratórios. Desde então, a empresa destinou ao setor de construção civil e a projetos de pavimentação rodoviária 2,1 milhões de toneladas do produto. A expectativa é chegar a um total de 2,8 milhões de toneladas movimentadas até 2025.
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