Projeto da Faculdade Alis Itabirito ajuda mulheres vítimas de violência doméstica
Violência contra a mulher é tema de projeto da Faculdade Alis, em Itabirito - Foto: Reprodução
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A cada quatro horas, ao menos uma mulher é vítima de violência doméstica no Brasil, segundo dados da Rede de Observatórios da Segurança divulgados em março deste ano. 

Diante dessa realidade, alunos e professores da Faculdade Alis Itabirito criaram o projeto de extensão “Quebra do Silêncio”. Trata-se de uma rede de apoio sistematizada que visa auxiliar órgãos e entidades públicas de Itabirito na solução de problemas coletivos pautados em dependência emocional, dependência financeira e violação de direitos sociais no tocante às mulheres vítimas de violência doméstica.

Neste primeiro semestre, alunos dos cursos de psicologia e direito participaram de encontros de formação e foram preparados para iniciar os atendimentos das vítimas no segundo semestre. 

Foi feito ainda um diagnóstico da rede de apoio existente atualmente no município para que ela funcione de forma cada vez mais efetiva com o apoio do projeto da faculdade.

De acordo com a professora de direito da Faculdade Alis Itabirito e uma das coordenadoras do projeto, Larissa Lourenço, a intenção é atender às mulheres vítimas de violência doméstica que buscam ajuda no Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) do município e irá atuar em três esferas: emocional, social e financeira. 

“A partir da psicologia, professores e alunos irão trabalhar na esfera emocional dessa mulher vítima de violência, tentando resgatar nela a sua própria individualidade e identidade, muitas vezes perdidas na sua própria história, para que, a partir do olhar e entendimento das suas próprias dores e cultura, possa se sentir novamente mulher, viva, curada e para que possa curar outras mulheres”, afirma.

No âmbito social, professores e alunos do curso de direito irão atuar com o objetivo de formar essas mulheres para que possam compreender os seus direitos, sejam eles sociais ou de culpabilização dos responsáveis pela violência. “O direito ajuda essa mulher a entender quais caminhos e mecanismos ela pode acionar para ter resgatados e resguardados os seus direitos fundamentais”, explica.

Na esfera financeira, a proposta é que a mulher atendida pelo projeto seja apoiada pelos alunos e professores do curso de administração para ter a preparação necessária para o mercado de trabalho, com foco no empreendedorismo. “Eles estarão focados em transformar gostos, prazeres e dons dessas mulheres em negócios, para que elas possam adquirir sua independência financeira, se autoimpactar, se sentirem empoderadas e, a partir desta corrente, impactar outras mulheres”, comenta.

Ainda segundo a professora, o objetivo do projeto é extrapolar os muros da academia, para levar conhecimento e transformar vidas por meio dele. “Todos envolvidos têm um papel fundamental para que tudo isso aconteça. Todos nós precisamos estar juntos e engajados na missão”, finaliza.

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