Morte de Rogério, de Cachoeira do Campo: homem nega crime, mas teria deixado corpo no pesque-pague    
Rogério Claudiano José - Foto: Arquivo de família
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Ouro Preto (MG) – A morte de Rogério Claudiano José (de 50 anos), morador do bairro Vila Alegre, distrito de Cachoeira do Campo, tornou-se um sofrimento para os familiares que o perderam.

Desaparecido em 5/1, o corpo foi encontrado dia 9/1, nas águas de um pesque-pague, em São Bartolomeu (outro distrito ouro-pretano).

Informações obtidas pelo Radar Geral dão conta de que no corpo havia marcas de espancamento, asfixia e foi achado somente com camisa e cueca. Pertences da vítima desapareceram, como celular, calça, óculos e boné.

A reportagem ainda tomou conhecimento de que foi ouvido pela Polícia Civil (PC) um homem que estava com Rogério. Trata-se de um também morador do bairro Vila Alegre. Ele, acompanhado de um advogado, teria dito à PC (horas depois que Rogério foi encontrado morto) que “deixou o corpo lá”.

A informação que se tem é que esse homem não teria confessado qualquer crime. No dia da morte, ele não teria acionado o socorro (bombeiros, Samu ou polícia). E não ficou preso após depor na PC.

Sabe-se que no mesmo carro em que todos teriam ido juntos ao pesque-pague havia mais duas pessoas. Ou seja: ao todo, quatro homens estavam no veículo.

A mãe de Rogério, uma senhora de 89 anos, chora todos dias desde que sofreu a perda brutal. “Foi um sofrimento para ela colocar para fora do quarto os pertences do filho”, disse um familiar.

A falta de informação sobre o caso e a sensação de que não será feita Justiça trazem grande angústia aos membros da família. “‘Aqui’ todo dia esse assunto surge. A gente espera respostas de fato da polícia”, relatou.

POLÍCIA CIVIL

No dia 14/1, a Comunicação da Polícia Civil, após questionamentos feitos pelo Radar sobre o caso, mandou a seguinte nota ao site (publicada na íntegra a seguir):

“A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informa que investiga o encontro de cadáver de um homem, de 50 anos, registrado no distrito de São Bartolomeu, em Ouro Preto, na sexta-feira (9/1).

A equipe da Delegacia de Polícia do município realiza diligências como a oitiva de envolvidos, buscando apurar os fatos.

A PCMG aguarda a conclusão de laudos periciais, indispensáveis para a identificação das causas da morte e elucidação do caso.

No momento, nenhuma linha investigativa é descartada.

As investigações seguem em andamento, e outras informações poderão ser repassadas à imprensa em momento oportuno”.

EM TEMPO: Radar Geral seguirá na busca de informações sobre o caso até que tenha um desfecho à luz do Código Penal.

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