Juliana Augusta da Silva viu as chuvas tomarem conta de sua casa logo no segundo dia do ano. Moradora do Marzagão, em Itabirito (Região Central de Minas), a servidora teve o lar invadido por água, barro e lama, e até hoje não teve o espaço completamente limpado pela Prefeitura Municipal, o que tem desencadeado uma série de problemas em sua vida, na de sua filha e de sua irmã.
As chuvas do dia 2 de janeiro fizeram com que o córrego próximo à rua Rua Fazenda Marzagão transbordasse, e invadisse a casa de Juliana. Todos os sete cômodos do imóvel foram atingidos, além de entrada e quintal. Apesar da moradora ter realizado uma limpeza na parte interna, ela não tem conseguido ficar na própria casa, por medo e pelas entradas estarem obstruídas.
“Tenho ficado na casa da minha sobrinha, que mora próxima. Tem três noites que não sei o que é dormir. Hoje, tive de ir à UPA, porque tenho crise de ansiedade, eu tive que ir lá para entrar com medicação. Eu não consigo dormir. A noite inteira acordada. Eu tive que tomar frente de tudo, ligar, correr atrás de vereador, para poder dar suporte. Até agora, infelizmente, a Prefeitura foi só promessa”, desabafou.
O Radar Geral entrou, na última quarta-feira (4/1), em contato com a Prefeitura de Itabirito para saber quando Juliana Augusta da Silva seria atendida. Em nota, o Poder Executivo afirmou que a equipe da Limpeza Urbana havia se deslocado até o local e, com a utilização de uma minicarregadeira, realizado o procedimento viável, tratado como “limpeza emergencial”.
No entanto, segundo Juliana, a limpeza completa e necessária não foi realizada, já que o maquinário utilizado não foi capaz de fazer todo o serviço, retirando apenas um caminhão de barro. Ainda restam cerca de cinco caminhões de barro para serem levados, e a promessa é de que as equipes retornem à casa ainda nesta quinta-feira (5/1).
