Itabirito (Região Central de Minas) – Na noite desta segunda-feira (22/11), moradores do condomínio popular Morada Viva fizeram uma manifestação pacífica na Câmara a favor do Projeto de Lei (PL) 180/2021, de autoria do Poder Executivo Municipal, que prevê melhorias no espaço.
O PL trata de uma abertura de crédito especial ao orçamento vigente para a realização das obras estimadas em R$ 838.395 (oitocentos e trinta e oito mil, trezentos e noventa e cinco reais).
O Morada Viva é composto por 10 blocos com 16 apartamentos cada. Ao todo, moram 160 famílias de baixa renda.
A pressão dos moradores foi um pedido para que vereadores de oposição (e de centro) parem de pedir vistas ao projeto – isso porque esse procedimento, apesar de ser um direito do parlamentar, atrasa a tramitação do PL.
A manifestação surtiu efeito: o PL foi aprovado por unanimidade em primeira discussão.
Fotos dos moradores do conjunto habitacional Morada Viva na Câmara de Itabirito:
O projeto
O projeto 180 prevê adequações hidrossanitárias e pintura em todos os blocos do condomínio. “Tal solicitação se faz necessária visto que o conjunto habitacional foi construído pelo Poder Público com objetivo de atender famílias de baixa renda, estando atualmente em más condições de uso, privando os moradores do mínimo exigido para uma moradia”, informou a “exposição dos motivos” que acompanha o projeto.
Segundo o PL, os problemas do condomínio são: trincas, infiltrações, curto-circuito que acontecem com frequência, falta de hidrômetros suficientes para todas as 160 famílias que não têm condições de arcar com os custos das obras etc
Para se ter uma ideia, cada hidrômetro atende a 16 famílias, o que gera transtornos. “Há apartamentos com uma ou duas pessoas, em outros moram quatro ou cinco. Tem prédio que chega a acumular conta de água: R$ 5 mil, R$ 6 mil (…). Já houve situação que quase cortou a água de um bloco inteiro por acúmulo de falta de pagamento da conta”, disse Alexandre Farre, morador do Morada Viva, que participou da manifestação na Câmara.
O projeto prevê a reparação daquilo que for danificado (como piso, por exemplo) durante a obra de individualização dos hidrômetros.
Escola Estadual Engenheiro Queiroz Júnior
A reunião da Câmara também contou com a presença de alunos dos cursos técnicos da Escola Estadual Engenheiro Queiroz Júnior, que foram acompanhados pelo professor da disciplina que trata questões de Direito, Dimas de Melo.
A intenção foi aprender sobre o processo legislativo e as funções dos vereadores. “Não tem como conhecer as leis, sem entender como elas são feitas. A intenção agora é conhecer os trabalhos na Assembleia Legislativa de Minas Gerais”, disse o professor.