Itabirito (Região Central de Minas) – Às 5h16 da manhã de ontem (12/11), na Rua Bem-ti-vi, bairro Floresta, uma cadelinha poodle, de nome Rebeca, foi morta após ser atropelada por um carro que estava em baixa velocidade. O motorista não se preocupou em prestar socorro. Câmera de segurança de uma casa registrou o atropelamento. O fato indignou moradores locais.
Veja o vídeo a seguir (atenção: as imagens são fortes). Na sequência, a continuação da matéria:
Um residente no bairro disse ao Radar Geral que não há desculpa para o que aconteceu. “No lugar, não há como estar em alta velocidade. Isso porque é uma subida de morro. Foi maldade mesmo! Não tem como não ter visto a cachorrinha!”, acredita ele.
A lei
Sabe-se que rua não deveria ser lugar para cachorros. Contudo, motoristas têm ciência de que a convivência com esses animais em vias públicas é uma realidade.
O caso do bairro Floresta fere a Lei Federal 1.095/2019, sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro, dia 29/9 do ano passado.
“A lei aumenta a punição para quem praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais. A legislação abrange animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos, incluindo, aí, cães e gatos, que acabam sendo os animais domésticos mais comuns e as principais vítimas desse tipo de crime. A nova lei cria um item específico para esses animais”, informou a Agência Brasil.
Como define o texto da lei atual, a prática de abuso e maus-tratos a animais será punida com pena de reclusão de dois a cinco anos, além de multa. Antes, a pena previa de três meses a um ano de reclusão, além de multa.
Enterro
A cadelinha pertence a uma família que mora na Rua Rouxinol, que fica no mesmo bairro.
Nas imagens, há outro cãozinho (de cor preta), que aparece junto com Rebeca, mas que pertence a outro tutor. Eles eram sempre vistos juntos nas ruas do bairro. O vídeo mostra o cachorrinho preto indo ao encontro da amiguinha após o atropelamento.
O Radar Geral desfocou a imagem de Rebeca após ela ter sido atropelada. O cadelinha foi enterrada por um morador local.
A reportagem não conseguiu saber se o tutor de Rebeca deu queixa na polícia e nem sequer se há pistas do motorista.