Itabirito (Região Central de Minas) – Na noite de ontem (30/8), em local conhecido como “Favelinha do bairro Praia”, durante perseguição (a pé) a um traficante, um sargento da Polícia Militar (PM) se acidentou. Com o impacto, ele teve uma lesão no dedo, que fez com uma de suas unhas fosse arrancada. Apesar disso, o militar continuou a perseguição e prendeu o “suspeito”.
Resultado: além de um maior de idade (de 18 anos) preso, foram apreendidos: um menor infrator (de 16 anos), 21 pedras de crack, uma porção de maconha e dois celulares.
A ocorrência
Após denúncia anônima, via 190, de tráfico de drogas na Rua Domingos Michel, no bairro Praia, uma guarnição da PM, sob o comando de um sargento, foi até local.
Chegando na rua, os militares se depararam com dois sujeitos em atitude suspeita.
Foi dada ordem de parada. Um deles (o menor) obedeceu. Já o outro fugiu entrando no beco da favelinha.
A partir de então, o sargento começou a perseguir o sujeito. Por estar muito escuro, ao final do último degrau de uma escadaria, o sargento caiu com arma na mão.
A dor e a ferida não foram suficientes para que o policial desistisse.
O militar se levantou, continuou sua empreitada e o “suspeito” foi pego tentando entrar em um barracão. Contudo, a porta estava trancada.
Durante a perseguição, o sujeito dispensou uma latinha de bala Mentos. A lata foi encontrada, e nela estavam as pedras de crack.
Já a maconha foi encontrada no bolso do menor.
Os dois foram levados para a delegacia de Ouro Preto. O menor foi acompanhado pela mãe. A informação que se tem é que ele responderá em liberdade.
Já o maior, a reportagem não conseguiu saber se ele ficou preso, mas sabe-se que ele responderá por crimes de tráfico de drogas e corrupção de menor.
Opinião do Radar Geral – Editorial
A Polícia Militar é essencial em um estado democrático de direito. Apontar os erros de um policial é importante. Mas não se deve esquecer que um PM, em meio ao estresse do seu trabalho e em nome da proteção da sociedade, corre riscos de diversas ordens.
No caso relatado, foi um dedo. Amanhã, pode ser a vida de um PM. Não se deve tratar como inimiga (como muitas vezes acontece) uma instituição que existe para a proteção de todos.
