A Agência Local de Comunicação Organizacional do 52º Batalhão de Polícia Militar emitiu nota à imprensa esclarecendo a respeito da abordagem, feita por militares, a uma mulher no bairro Praia, em Itabirito (Região Central de Minas). Abordagem essa que foi filmada por um celular. O vídeo se espalhou pela internet. Segundo a PM, trata-se de uma suspeita de tráfico.
O fato se deu na madrugada de quarta-feira (20/10). Durante a ação policial (em que a suspeita era algemada), a abordada gritava pedindo para filmar.
O que o vídeo mostrou foi uma ação do dia a dia da PM, que é obrigada a lidar com a criminalidade e nem sempre os suspeitos estão dispostos a colaborar (como foi o caso da mulher em questão).
O Artigo 244 do Código Penal é claro: “A busca pessoal independerá de mandado, no caso de prisão ou quando houver fundada suspeita de que a pessoa esteja na posse de arma proibida ou de objetos ou papéis que constituam corpo de delito, ou quando a medida for determinada no curso de busca domiciliar”.
Por sua vez, o Artigo 249 (do mesmo Código Penal) diz que “a busca em mulher será feita por outra mulher, se não importar retardamento ou prejuízo da diligência”.
Isso significa que um policial masculino deve evitar, mas pode, sim, realizar busca pessoal em uma mulher desde que justificada e haja fundada suspeita, e a ausência na diligência de uma policial feminina.
Contudo, as imagens se tornaram motivo para mensagens, postadas nas redes sociais, com opiniões divergentes.
Opiniões contrárias
“Independente do que ela fez, ‘cadê’ a polícia feminina de Itabirito? Não seria o caso de mandar a PM feminina? Não acho em hipótese nenhuma moral (em) homem algemar mulheres dessa forma, independente do motivo…. não é à toa que existe PM mulher”, escreveu uma internauta.
“Isso não é abordagem, é agressão”, acredita outra internauta.
Opiniões a favor
“Vamos ver também o que a mulher fez, não é só porque é mulher que tem que ser diferente dos homens, outro dia tinha uma mulher roubando”, escreveu uma internauta.
“Essa senhorita deve ‘tá’ na igreja rezando por isso foi que abordada pela polícia”, ironizou um internauta.
Em nota oficial, em resposta a questionamentos do Radar Geral, a PM informou que se trata de uma suspeita já conhecida das autoridades policiais.