O Radar Geral esteve hoje (28/5) com Júnior Augustinho (de 36 anos). Trata-se do pai da criança que morreu afogada, no domingo (25/5), numa piscina da Fazenda Chaparral nos Portões, em Itabirito (MG). A pequena Raylla tinha apenas 4 anos.
Júnior, acompanhado de parentes e do advogado Gleison Nunes Ferreira, esteve na Delegacia itabiritense para apresentar uma queixa-crime contra o empresário Renato Bretas, dono da fazenda.
A Chaparral é aberta ao público pagante. O empreendimento oferece piscinas aos usuários. Na fazenda, havia um bombeiro civil. Contudo, ele era responsável pela tirolesa, e não presta (nem nunca prestou até então) serviço na área das piscinas.
O Radar confirmou que esse profissional não tem “curso de guarda-vidas”, ministrado pelo Corpo de Bombeiros e obrigatório para trabalhos em locais com piscinas.
A DOR
Na oportunidade, o Radar questionou: “Houve descuido por parte da família?”. O tio da criança, Augusto de Azevedo (49 anos), respondeu: “Qual é o pai que não sofre uma distração em um local de lazer?”.
Ao pai, o Radar indagou: “Qual é o seu sentimento diante dessa situação?. Ele respondeu: “Meu sentimento é de perda. Deixo para os internautas de seu site avaliarem. Que palavra um pai teria num momento desse?”.

O BO
No boletim de ocorrência (BO), há relato dizendo que pai e a mãe da criança estavam bebendo na hora do ocorrido.
Ao Radar, Júnior afirmou que bebeu 2 latas de cerveja pela manhã (o afogamento se deu no fim da tarde), mas que sua esposa não faz uso de álcool. O próprio policial militar, que fez o boletim, avaliou que o pai não apresentava sinais de embriaguez.
Ao perceber a ausência da criança, a família começou a procurá-la. Foi quando recebeu a informação de que houve um afogamento. De fato, era Raylla.
Quando o site questionou se Raylla ficou muito tempo dentro d’água (conforme comentários em rede social), o tio garantiu que isso é “especulação”. “Como uma pessoa pode saber disso? Se sabe, houve omissão de socorro por parte dessa pessoa que viu e nada fez”, concluiu.

OBRIGATORIEDADE
Sabe-se que a Chaparral para funcionar, com piscinas abertas ao público pagante, deveria ter (de olho, o tempo todo, nas piscinas e na lagoa) um salva-vidas qualificado – com treinamento para primeiros socorros. Essa obrigatoriedade consta em lei municipal (3.332 de 2019).
É principalmente neste ponto, em específico, que a queixa-crime se baseou. Outra falha do local (segundo a família) é a falta de placas informando sobre a profundidade das piscinas e sobre a inadequação para crianças.
“Nós éramos 46 pessoas em excursão. Só com a gente, havia 11 crianças. No local, ao todo, estavam 7 ônibus e 7 vans, sendo cerca de 400 pessoas”, disse o tio da criança, Washington Alves, responsável pelo passeio. Ele também esteve na delegacia.
EM TEMPO: O Radar ainda recebeu a informação de que o pai da criança dará entrevista à TV Record falando sobre o caso.
LEIA mais sobre o assunto (inclusive com fala do dono da fazenda) por ordem de publicação:
Criança morre ao se afogar em piscina de fazenda aberta ao público, em Itabirito