Itabirito: pós-chuva, moradores desconfiam da solidez de ruas perto da Açucena; Prefeitura responde
Três imagens no mesmo local - Fotos enviadas ao Radar Geral
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ITABIRITO (MG) – A chuva que caiu no último fim de semana trouxe à tona receios de longa data de parte da população dos bairros Boa Viagem, Santa Rita e Matozinhos. A bola da vez tem a ver com as vias no entorno da Praça Padre Francisco Xavier, perto da Ponte da Açucena, principalmente a Rua João Gualberto de Lemos – onde o asfalto cedeu com a força das águas do Córrego da Carioca e a via foi interditada porque um poste de luz ficou na iminência de cair. Esse poste foi substituído pela Cemig depois de cerca de 24h.  

Casas, nas proximidades da praça, apresentam trincas – que (segundo os moradores) começaram quando um prédio foi derrubado para que a Prefeitura pudesse começar uma obra no local.

Há anos, os receios e as reclamações começam no morro do Munu (local em que moradores afirmam que a quantidade de bueiros foi reduzida) e vão até para além da Ponte da Açucena. Ao Radar Geral, reclamantes falam de assoreamento do Córrego da Carioca, de retenção das águas do leito (em alguns pontos), da elevação do asfalto na Rua da Carioca, do aparente entupimento em pontos do sistema de drenagem etc.

VEJA VÍDEO:

Voltando a falar especificamente sobre o entorno da praça perto da Ponte da Açucena: a Rua João Gualberto passou a ser mão única (o único sentido permitido é o “bairro – Centro”). Contudo, veículos (incluive ônibus) muitas vezes não respeitam a nova regra de trânsito. Moradores, inclusive, registraram esse desrespeito por meio de fotos. “Os veículos acabam fazendo um congestionamento justamente onde o asfalto desmoronou. Desconfiamos da estabilidade do terreno no local. Pode acontecer uma tragédia”, acredita uma moradora, que pediu para não ser identificada.

O Radar fez questionamento à Prefeitura sobre os transtornos atuais no entorno da praça. A resposta veio por meio desta nota:

NOTA OFICIAL – Obra na Ponte da Açucena

A Prefeitura de Itabirito esclarece que o alto volume de chuva registrado na última sexta-feira, dia 18 de outubro, provocou a queda de parte da rua João Gualberto de Lemos, na Ponte da Açucena. No local está sendo realizada uma obra que visa a melhoria da vazão do Córrego da Carioca e evitar transtornos à população, além de viabilizar maior mobilidade ao trânsito da região com a abertura de uma rua e transformação da atual praça em uma rotatória.

A Prefeitura informa que a estrutura de contenção da rua era antiga, inadequada e insuficiente (não era de concreto armado). As pedras e o concreto existentes foram lavados pelo alto volume de água do Córrego da Carioca, provocando a queda de parte da rua e de um poste de iluminação elétrica.

Diante do caráter emergencial de contenção da rua e do restabelecimento da energia, o local foi interditado. A energia foi restabelecida no sábado, dia 19 de outubro, e as obras de contenção foram iniciadas nesta segunda-feira, dia 21 de outubro. Blocos de concreto pré-moldado estão sendo usados na contenção da rua, sendo construído um muro de sustentação, para que seja realizada a liberação do trânsito em duas vias.

A Prefeitura reforça que não há risco para o trânsito local, que está fluindo em uma só pista, nem para os imóveis da região já que não sofreram danos provenientes do incidente. Laudos de vistoria foram emitidos antes do início da obra da Ponte da Açucena e foram constatadas trincas e fissuras nos imóveis provocadas pela ação do tempo, o que não justifica dizer que o incidente provocou os referidos problemas.

Por fim, a Prefeitura destaca que a previsão é de que até o final desta semana a obra emergencial de contenção seja finalizada e o trânsito volte a fluir em duas pistas, garantindo a mobilidade total sem prejuízos à população e a obra principal. Até a finalização, rotas alternativas continuam à disposição da sociedade, como nos bairros Monte Sinai e Vila Gonçalo
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CÂMARA

Na Casa Legislativa de Itabirito, na segunda (21/10), o assunto foi abordado por veradores de oposição: Dr. Edson. Max Fortes e Renê Butekus.

Dr. Edson, por exemplo, defendeu o envolvimento do Ministério Público, do Crea (Conselho Regional de Engenharia…), da Justiça e da Câmara no caso.

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