Pindeco é um cachorrinho comunitário com cerca de 8 anos de vida. Ele foi o motivo de uma mobilização dos moradores do bairro Jardim das Acácias, em Itabirito (Região Central de Minas).
Com um sério problema que o impedia de urinar, o pequeno estava sofrendo e corria risco de morrer se não fosse a união de cerca de 20 moradores que fizeram uma vaquinha e arcaram com as despesas de procedimento cirúrgico para salvá-lo.
Nesta segunda-feira (19/6), Branquinho (outro nome pelo qual Pindeco é conhecido) chegou do veterinário e está em recuperação no apartamento de uma de suas protetoras, local onde deve ficar até ter condições de voltar para a rua. “Mesmo sem poder, ele fica doido pra sair. Vai na porta toda hora. Vai na janela do quarto. Ele sabe que o lugar dele não é aqui”, disse Jennefer Campolina (42 anos), a dona do apartamento.
VÍDEO: Pindeco em recuperação no apartamento de Jennefer. Na sequência, a continuação da matéria:
Foi Jennefer que levou o cachorrinho ao veterinário, promoveu a vaquinha e hoje está dando os medicamento e colocando gaze para que o pequeno possa se recuperar mais rápido possível. Ao Radar Geral, ela se mostrou imensamente agradecida a todos que abraçaram a causa.
Como tudo começou
Nos primeiros dias deste mês de junho, Pindeco foi atropelado. Ele correu atrás de uma moto e acabou entrando na frente de um carro.
Após o ocorrido, o motorista parou e até tentou ajudá-lo, mas Branquinho (outro nome que o cachorrinho é chamado) saiu em disparada e se escondeu em um matagal.
Depois de um tempo, o cãozinho reapareceu, acuado e com uma patinha machucada, na garagem de Jennefer.
Levado para uma clínica, o veterinário doutor Bruno Lobo percebeu que a patinha era o menor dos problemas.
O pequenino não conseguia urinar com facilidade. A urina retida na bexiga trazia riscos para Pindeco. Segundo informações, o problema nada teve a ver com o atropelamento.
Foi aí que, por meio de WhatsApp, foi criado um grupo de moradores e uma vaquinha (para arrecadar dinheiro) começou a tomar forma.
Segundo Jennefer, o médico-veterinário fez diversas concessões e barateou sobremaneira o valor do procedimento. “Ele nos ajudou demais. Estamos muito agradecidos ao Bruno”, disse a protetora. Todo procedimento, então, ficou em R$ 3 mil, e foi pago por meio da mobilização.
Pindeco ficou internado de 4/6 a 19/6. A cirurgia teve complicações, mas graças ao empenho do profissional, o bichinho passa bem. Até visitas na clínica o pequeno recebeu. “‘Todo mundo’ ficou desesperado para ajudá-lo”, garantiu Jennefer.
Pindeco vive em uma casinha (que fica na rua) e é cuidado por vários moradores. Definitivamente, situação dele reflete, pelo menos em parte, o quanto as pessoas ainda têm compaixão e capacidade de amar.
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