UPA de Itabirito: caso bebê Henrique está na Polícia Civil; mãe diz que Prefeitura não responde ao MP
Mãe e filho. Agora, o pequeno está bem. E imagem da UPA de Itabirito, unidade que tem a Prefeitura de Itabirito como responsável - Fotos: Arquivo pessoal (mãe e filho) e Radar Geral (UPA)
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Em meados de outubro deste ano, o caso do pequeno Henrique (na época com 2 meses) foi dilvulgado pelo Radar Geral. Nesta semana, a mãe do bebê, Marina de Souza Pimentel Campos, procurou o site novamente para relatar como está o andamento da denúncia que ela já fez ao Ministério Público (MP) e, recentemente, à Polícia Civil (PC).

Relembrando o caso, segundo Marina, com base em relatos dos médicos do Hospital Infantil João Paulo II, em BH, o filho dela foi parar no CTI com sinais de intoxicação por “medicação que teria sido administrada na UPA de Itabirito” – situação que teria provocado as convulsões no bebê e levado o pequeno ao estado de coma. Ela afirma que “Henrique quase morreu”.

Em 27/11, Marina prestou depoimento à Polícia Civil. De acordo com ela, os agentes coletaram todas as provas do caso. A mãe também afirmou que o MP enviou duas notificações à Prefeitura solicitando um posicionamento. Mas, até o momento, segundo Marina, nenhuma foi respondida.

Em 20/10, Henrique foi levado à UPA com sintomas de gripe. Onde ficou em observação. Horas depois, Marina foi orientada a esperar fora da sala. Sem receber novas informações sobre o estado da criança, mais tarde, a mãe foi surpreendida ao ver seu bebê sendo transferido (segundo ela) em coma pelo Samu.

Na capital, a criança foi encaminhada ao CTI. Antes, os médicos da capital constataram inchaço no cérebro do bebê e na garganta, esta atribuída às tentativas de entubação “sem sedação” (de acordo com denúncia da mãe ao MP) – o que teria dificultado a respiração do pequeno.

A criança, então, ficou nove dias no CTI e três dias na enfermaria. O “diagnóstico final” foi de que ele tinha apenas uma gripe comum e deficiência de sódio e potássio.

A mãe afirmou ao Radar que seu filho talvez tenha que se submeter a uma perícia médica, mas por já ter passado certo tempo há probabilidade de o resultado não ser significativo. “Espero que meu filho não tenha mais nenhum tipo de sequela, porque os médicos falaram que a única, no momento, foi a da perda de sucção para poder continuar mamando no peito”, disse ela.

Marina confirmou que Henrique está bem, mas garantiu que evitará ao máximo o sistema de saúde de Itabirito, e que fará futuras demadas de forma particular.

“Henrique foi uma das crianças e uma das vítimas de negligência de um médico da UPA. Meu filho teve sorte que Deus fez um milagre na vida dele, porque era para ele estar totalmente deficiente, sendo que não tinha e nem tem nenhuma deficiência”, afirmou.

Com o apoio de advogados, Marina conta que, além do MP, também está agindo de forma particular.

O Radar Geral procurou a Prefeitura de Itabirito. Foram duas tentativas de contato em busca de um posicionamento, mas nenhuma delas foi respondida.

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