A mãe da vítima afirma que casos de violência têm acontecido entre alunos da Escola Municipal Manoel Salvador de Oliveira, em Itabirito. Foto - Letícia Freitas - Agência Primaz
A mãe da vítima afirma que casos de violência têm acontecido entre alunos da Escola Municipal Manoel Salvador de Oliveira, em Itabirito. Foto - Letícia Freitas - Agência Primaz
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Itabirito (Região Central de Minas) – Na Escola Municipal Manoel Salvador de Oliveira, do bairro São José, mais uma ameaça de massacre teria acontecido, totalizando três em nove dias. A informação de que houve a terceira ameaça é do jornal O Tempo.

Segundo o jornal, só neste ano, foram pelo menos 13 casos desse tipo em escolas de Minas Gerais.

O delegado Marcelo Teotônio investiga o caso da Manoel Salvador. As linhas investigativas, de acordo com o delegado, analisam se foi aluno ou funcionário. “A câmera da escola não funciona, mas não está descartada a entrada de pessoas de fora (da instituição de ensino)”, disse ele, em entrevista ao jornal.

Teotônio informou que o primeiro recado foi escrito no banheiro masculino. Já a segunda ameaça, no banheiro das meninas. “Na segunda-feira (27/6), apareceu a primeira mensagem dizendo que o massacre ocorreria na terça-feira (28/6). Na terça-feira, outra mensagem dizia que a presença da Polícia Civil no local não impediria o massacre”, detalhou. 

A terceira ameaça aconteceu na última terça-feira (5/7), afirmou o jornal. “Enviamos a perícia e aguardamos os resultados dos trabalhos para delimitar nossa investigação. É um trabalho complicado, pois estamos falando da maior escola da cidade, com 1.100 alunos. Não podemos desacreditar de nada: desde brincadeira para não ter aula e gerar o caos até mesmo um real desejo de praticar um massacre”, finalizou o delegado.

“Coisa normal”

Para a psicóloga Samantha Alves, ouvida pelo O Tempo, não se pode achar que não vai dar em nada e que o aluno só quer chamar a atenção ou pressionar a escola. “São jovens que precisam de acompanhamento profissional de psicólogos e psiquiatras. Não podemos tratar como coisa normal”, disse.

Segundo ela, em entrevista ao jornal, “a responsabilidade não pode ser 100% da escola, pois ela tem limitações do que pode oferecer. Seria interessante, mas sempre com a participação da família e de outros profissionais, ter campanhas educativas nas escolas. Mais do que isso, os pais devem manter diálogo com os filhos, ficar atentos aos sinais que eles demonstram e ver o cenário em que eles estão inseridos. É preciso uma rede de apoio para lidar com esta realidade imposta”.

Secretaria de Estado da Educação de MG

De acordo com a Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais (SEE-MG), ações de combate à violência no ambiente escolar são desenvolvidas e estimuladas nas instituições de ensino, e que “as investigações dos casos são de responsabilidade das autoridades competentes, incluindo a Polícia Civil”.  

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