A moradora do bairro Floresta, de Itabirito (MG), Dilene Moreira (de 46 anos), paciente do SUS, espera há 50 dias por uma cirurgia para a remoção de uma pedra nos rins.
Internada no Hospital São Vicente de Paula desde 3/12 de ano passado, ela foi diagnosticada com nefrolitíase obstrutiva à esquerda – condição que obstrui o trato urinário. A situação tem se agravado, causando dores intensas, infecções recorrentes e hematúria (sangue na urina).
Após exames que confirmaram a necessidade da cirurgia para retirada da pedra maior, Dilene informou ao Radar Geral que conseguiu, por meio de liminar da Justiça, uma determinação para que ela fosse atendida com urgência.
No entanto, o Hospital (segundo ela) alegou falta de vaga. Ainda de acordo com Dilene, com base em informações que ela teria recebido do Hospital, a Prefeitura poderia autorizar a cirurgia – uma vez que (palavras dela) o São Vicente de Paulo de Itabirito só realiza o procedimento de forma particular.
O juiz dr. Antônio Francisco Gonçalves ordenou que a Prefeitura autorizasse a realização do procedimento no prazo estipulado e assumisse os custos. Contudo, o prazo foi descumprido, e a cirurgia não foi realizada. “Também fui diagnosticada com uma dilatação nos rins. Preciso de ajuda para ver se consigo fazer a cirurgia”, afirmou.
Sem alternativas, Dilene obteve uma nova liminar, solicitando transferência para um hospital em Belo Horizonte, onde o procedimento poderia ser feito. Enquanto aguarda a concretização da decisão, a paciente segue na incerteza sobre o desfecho de seu sofrimento.
OUTRO LADO
Questionadas, a Prefeitura de Itabirito e a Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais não responderam até a publicação desta matéria.
Para o Hospital de Itabirito, o Radar Geral ligou diversas vezes para tentar uma resposta – mas sem sucesso.
A reportagem está de portas abertas para receber os posicionamentos da Prefeitura, do Estado ou do Hospital.