Delegacia de Itabirito no momento em que Douglas e sua namorada estavam depondo. Foto - Radar Geral
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Douglas Freitas (37), que responde pela facada que matou um homem identificado como Fernando (de 40 anos), no domingo (13/6), no bairro Monte Verde, em Itabirito (Região Central de Minas), entregou-se à Polícia Civil na manhã desta segunda-feira (21/6).

Douglas conversou com exclusividade com o Radar Geral. Alegou legítima defesa, e responderá em liberdade até que o inquérito esteja pronto.

A versão de Douglas

De acordo com Douglas, ele chegou à casa de sua namorada no bairro Monte Verde, quando Fernando surgiu logo em seguida em uma moto. Douglas acredita que poderia estar sendo seguido por Fernando ou até mesmo na hipótese de uma coincidência.

Segundo Douglas, Fernando estava armado de uma faca. Na sequência, os dois entraram em luta corporal em plena via pública. Foi quando Fernando foi atingido pela arma branca, vindo a óbito.

Douglas disse que não se lembra do que realmente aconteceu durante a briga nem sequer como teria sido o golpe que matou Fernando.

Ele salientou que fugiu depois que Fernando caiu ao chão, mas foi sem ter ciência da morte. “Fugi para que ele não se levantasse para me atacar”, afirmou.

Medida protetiva

A hipótese de os dois terem se encontrado por coincidência tem respaldo no fato de Fernando ter histórico, segundo a defesa, de perturbar a atual namorada de Douglas – ex-relacionamento de Fernando.

De acordo com o advogado de Douglas, há uma medida protetiva para que Fernando não se aproximasse de sua ex-mulher, medida essa que não estava sendo respeitada.  

Na versão apresentada e confirmada, na delegacia, pela mulher que pediu a medida protetiva, Fernando não aceitava a separação. Inclusive ele esmurrava o portão da casa dela quando queria conversar com sua ex (mesmo após a ordem do juiz).

Douglas afirma que conhecia pouco Fernando.“Não o conhecia direito, foi a segunda vez que tive contato com ele e aconteceu isso”, disse Douglas ao Radar Geral.

O responsável pela defesa afirmou que não se trata de um crime passional, como relatou a ocorrência policial. “O que houve foi legítima defesa”, garantiu.   

O Radar Geral fez contato com o delegado em Ouro Preto, que atualmente responde pelo caso, mas ele disse que ainda está se inteirando a respeito do assunto, uma vez que o depoimento foi dado em Itabirito.

Nota da Redação: O Radar está aberto para entrevistar quem conteste (ou corrobore com) a versão da defesa de Douglas.

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