Itabirito: hipótese de rompimento da barragem de Cata Branca acirra ânimos em escola
O clima é tenso na Escola Laura Queiroz, em Itabirito - Foto: reprodução
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Itabirito (Região Central de Minas) – Inundações que chegariam até a porta da capela da Siderúrgica Itabirito (antiga Usina Esperança), que atingiriam tanto a empresa quanto a Escola Municipal Laura Queiroz, bem como as “casas da usina” nas proximidades.

Tal tragédia aconteceria se (e somente se) a estrutura na região da Cata Branca, que recentemente passou a ser considerada uma barragem (por critérios do Governo Federal), fosse rompida em meio a um cenário extremo. Ou seja, a possibilidade existe, mas é remota.

Área que seria inundada (parte do relatório da Vale) – Imagem enviada ao Radar Geral

Ontem (14/3), a Defesa Civil Municipal e representante da Vale se reuniram com profissionais de Educação da Laura Queiroz para apresentá-los os planos tendo em vista a hipótese de um eventual rompimento.

Há tempos, esses profissionais pedem o remanejamento da instituição para outro local, por causa da intensa poeira provocada pela siderurgia. Agora, com a situação envolvendo a barragem de Cata Branca, eles intensificaram a reivindicação. Segundo relatos, a mudança teria sido promessa de campanha eleitoral do atual governo municipal.

Para se ter uma ideia da situação na Laura Queiroz, o parquinho da instituição está desativado por causa da sujeira provocada pela siderúrgica.   

Para romper e inundar toda a região (casas, escolas e empresa), com rejeitos que desceriam pelo córrego que passa dentro da área da siderúrgica, a barragem teria de estar no volume máximo, ou seja, com 36 mil metros cúbicos, e não nos atuais 12 mil metros cúbicos. Teria também de chover torrencialmente por dias.

A mesma imagem apresentada acima (mas ampliada) da área que seria inundada em uma hipótese catastrófica – Foto enviada ao Radar Geral

A estrutura, que existe desde 1993, pertence à mineradora e será descaracterizada a partir de abril deste ano. Ao final do processo, deixará de existir como barragem.

Por ser “a montante”, a estrutura precisa ser extinta, conforme determinou o então governo Bolsonaro, em 2020.  

A barragem não apresenta nível de emergência, ou seja, não estaria em risco. Mas, mesmo assim, as pessoas que correm algum perigo passarão por treinamentos de evacuação (moradores, alunos, trabalhadores etc) e placas de emergência serão instaladas.

E foi esse o assunto discutido na reunião com a escola. Alguns profissionais chegaram a pedir a paralisação dos trabalhos na instituição de ensino tendo em vista o risco.

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