Itabirito: após BO de afogamento em Acuruí, Brigada (mesmo já à noite) salva maritaca no Bela Vista
Brigada no resgate da ave em perigo - Fotos: Radar Geral
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ITABIRITO (MG) – Uma maritaca ficou presa pendurada na marquise de um telhado do bairro Bela Vista. A ave foi resgatada pela Brigada por volta das 21h30.

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O fato aconteceu ontem (5/3). A maritaca não fazia barulho para além daquele que os moradores ouvem todos os dias. “Há vários ninhos no telhado. A ideia é sempre deixá-los em paz. Mas ontem, percebemos uma maritaca, quase que em silêncio, amarrada por um dos pés”, disse, ao Radar Geral, um morador.

Após atuarem num boletim de ocorrência (BO) de buscas pelo corpo de Bruno de Almeida Marinho (de 43 anos), que morreu afogado na lagoa (represa) de Acuruí, os combatentes Roberto (inspetor) e Beraldo foram até o Bela Vista.

A maritaca estava presa por uma linha – aparentemente de pipa. A Brigada informou que casos assim são comuns. “Essas aves usam material desse tipo para fazer ninhos”, explicou um combatente. “Mas, por causa disso, acabam colocando em risco a própria vida delas”, concluiu o morador.

Com paciência (mesmo levando fortes bicadas), usando luvas e uma escada, o inspetor retirou, na verdade, duas maritacas. Uma presa pela linha e a outra num espaço entre as telhas e a laje. A 1ª, por estar com a perna machucada, foi colocada numa caixa (com furos para a entrada de ar) e levada, logo pela manhã, ao Parque Ecológico (Secretaria de Meio Ambiente). “Tentei soltá-la cedinho, como orientou a Brigada, mas ela não voou”, disse o morador.

No Parque, o servidor da Prefeitura, que recolheu o animal, disse que a maritaca será avaliada por um veterinário e, depois, (se possível) libertada perto da casa onde está o ninho.

“Me parece um filhote já crescido. Talvez ficou presa ao sair do ninho (…). Se ela quebrou a perna, teremos de entregá-la ao Ibama”, disse o servidor, que ainda salientou que essas aves vivem em bando.

A outra maritaca ficou no telhado após ser retirada do espaço onde estava presa.  

“Agradeço à Brigada, que mesmo exausta após os trabalhos em Acuruí e mesmo à noite, não se furtou de cessar o sofrimento de um animalzinho indefeso”, finalizou o morador.

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