Industrial é desclassificado após vencer final do futsal masculino nos Jogos Escolares de Itabirito
Time de futsal do Industrial - Foto: Escola Estadual "Engenheiro Queiroz Júnior"
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A Escola Estadual Engenheiro Queiroz Júnior (o Industrial) venceu a final do futsal masculino módulo II dos Jogos Escolares de Itabirito, disputada no dia 2 de abril, mas acabou desclassificada dias depois por ter escalado um jogador irregular.

A decisão foi anunciada na terça (9/4), após reunião da junta julgadora da etapa municipal dos Jogos Escolares de Minas Gerais (Jemg 2025).

Na final, realizada no Poliesportivo Pedro Cardoso, no bairro Nossa Senhora de Fátima, o Industrial derrotou a Escola Estadual Intendente Câmara por 5 a 3.

No entanto, uma hora antes do jogo, a equipe adversária apresentou denúncia à organização, alegando que o Industrial utilizou um atleta que deveria estar suspenso. O jogador em questão havia recebido dois cartões amarelos durante a fase de grupos, o que, segundo o regulamento, o impediria de atuar na semifinal contra a Escola Manoel Salvador de Oliveira — partida que o Industrial venceu por 12 a 1, com o atleta em quadra, no dia 1º de abril.

Mesmo após o alerta, a organização autorizou a realização da final e validou as escalações. Apenas após o encerramento da partida e a vitória do Industrial, a denúncia foi acatada, resultando na desclassificação da equipe campeã.

Com a nova decisão, o Intendente Câmara, vice-campeão, será o representante de Itabirito na etapa regional dos Jogos Escolares, que será realizada em Ouro Preto.

Ao Radar Geral, a Escola Engenheiro Queiroz Júnior afirmou que o regulamento apresenta falhas e que já acionou a Coordenação Técnica-Geral do Jemg 2025 para tentar reverter a decisão e recuperar o direito de representar Itabirito na próxima etapa.

Entre as principais queixas do Industrial estão: falta de acesso à súmula e ausência de comunicação da suspensão, autorização prévia da organização para atuação do atleta, o acesso indevido à súmula e dados do aluno por equipe adversária, a falta de imparcialidade da organização local, a admissão de falha pela própria organização, entre outros.

Faixa feita pela Prefeitura de Itabirito parabenizando o título do Industrial – Foto: Escola Estadual Engenheiro Queiroz Júnior

“A Escola Estadual Engenheiro Queiroz Júnior vem, por meio desta, manifestar à comunidade escolar e esportiva seu posicionamento diante dos recentes acontecimentos ocorridos na Etapa Municipal dos Jogos Escolares de Minas Gerais – Jemg 2025.

Com profundo respeito aos envolvidos, expressamos o sentimento coletivo de frustração e indignação de nossos estudantes-atletas, professores, funcionários e familiares. Ao longo da competição, nossa equipe demonstrou disciplina, respeito, dedicação e espírito esportivo. No entanto, decisões posteriores à realização dos jogos geraram questionamentos quanto à transparência, imparcialidade e coerência dos processos adotados.

Reafirmamos que a escola já protocolou, pelas vias formais, os recursos cabíveis junto à Coordenação Técnica-Geral do Jemg, confiando na análise justa dos fatos à luz do regulamento e dos princípios que regem o esporte educacional.

Seguiremos firmes na defesa do que acreditamos: uma educação pautada na ética, na formação cidadã, na valorização dos nossos alunos e no respeito à verdade.”

“Tivemos uma participação expressiva das escolas do município e jogos muito disputados. Infelizmente, houve a situação envolvendo o Industrial, que utilizou um atleta suspenso. Essa é uma infração de caráter eliminatório e, por isso, a Secretaria se posiciona favorável à desclassificação da equipe”, informou o secretário municipal de Esportes, Eduardo Braga, ao Radar Geral.

“A Secretaria só está seguindo o regulamento, só isso”, concluiu Eduardo.

Ao Radar Geral, o diretor da Escola Estadual Intendente Câmara, Elysio Guimarães, afirmou: “A situação é bem simples. Nós verificamos a irregularidade e recorremos aos organizadores. Não fizemos isso para prejudicar a outra escola, mas para garantir que o regulamento seja respeitado. Não podemos normalizar erros como esse, para que não voltem a acontecer. Fizemos a denúncia porque achamos que seria o correto a se fazer”.

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