Por causa da greve dos tanqueiros (caminhoneiros responsáveis pelo transporte de combustível em Minas Gerais), que teve início ontem (21/10), já começa a faltar combustível, nesta sexta-feira (22/10), nos postos de Itabirito (Região Central de Minas).
O Radar Geral apurou (às 9h50 desta sexta-feira) que no posto Tabari, bairro Praia, não há gasolina, etanol e nem sequer diesel. Contudo, informações vindas do estabelecimento dão conta de que 10 mil litros (escoltados pela Polícia Militar) estão a caminho e devem chegar ainda nesta manhã.
Veja vídeo da movimentação em um dos postos de Itabirito. Na sequência, a continuação da matéria:
No posto Ipiranga Inconfidentes (em frente à fábrica de tecidos), no Santa Efigênia, há fila de carros. A previsão é que os combustíveis acabem ainda hoje e não há previsão de reabastecimento.
No posto Esperança (conhecido como posto da usina), ontem à tarde acabou a gasolina. E diesel aditivado está em falta desde hoje pela manhã, mas nas bombas ainda podem ser encontrados etanol e diesel comum.
Dos pesquisados pelo Radar Geral, o único que afirmou que está com os estoques em dia é o posto Itabirito (antigo posto Esso), perto do INSS. Entretanto, há fila para abastecimento.
Reinvindicação
Os grevistas reclamam do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) dos combustíveis no estado de Minas Gerais e os altos custos dos combustíveis da Petrobras.
Em nota, o Minaspetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais) admite o desabastecimento em postos do estado e alerta aos motoristas que não façam corrida aos postos, ampliando o risco de faltar combustível.
O sindicato informa ainda que entrou em contato formalmente com o governo de Minas e solicitou que o pleito dos caminhoneiros fosse atendido.
Leia nota (na íntegra) do Governo do Estado de Minas Gerais a respeito do assunto:
“No último dia 13 de outubro, a Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que estabelece valor fixo para o ICMS dos combustíveis em todo o país. Todos os Estados da Federação e também o Distrito Federal já se posicionaram contrários à proposta que, se aprovada pelo Senado, vai representar uma perda de R$ 32 bilhões/ano em arrecadação. Somente em Minas Gerais, a perda estimada é de R$ 3,6 bilhões/ano. Essa redução também terá impacto direto nos cofres dos 853 municípios mineiros, uma vez que 25% (R$ 900 milhões) são destinados às prefeituras. Importante ressaltar que esses recursos são essenciais para o funcionamento dos serviços públicos necessários para toda a população.
Outro ponto a ser destacado é que os últimos reajustes nos valores dos combustíveis não se devem ao ICMS cobrado pelos estados, mas, sim, à política de preços adotada pela Petrobras”.
[…] A greve durou dois dias. Os grevistas reclamam, principalmente, do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) dos combustíveis no estado de Minas Gerais. […]