Matheus Baldi no estúdio do Fofocalizando. Foto - Lourival Ribeiro - SBT
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Matheus Baldi, gentilmente, respondeu por escrito às perguntas feitas pelo Radar Geral. As aspas, em algumas palavras, foram colocadas pelo entrevistado.

O jornalista Matheus Baldi (de 31 anos) é exemplo de empenho quando o assunto é a busca de seus sonhos. Nascido em Belo Horizonte, viveu em Itabirito (na Região Central de Minas) dos 10 aos 25 anos. “Itabiritense de coração”, como ele mesmo diz. Há quase três meses, Baldi é um dos apresentadores do Fofocalizando – programa que vai ao ar nas tardes do SBT para todo o Brasil.  

Procurado pelo Radar Geral, ele respondeu às questões a seguir:

Radar Geral – Como você foi parar no Fofocalizando? Pode contar quanto recebe por mês?

Matheus Baldi – Acredito que foi muito por conta da forma séria que sempre levei o meu trabalho de apuração das notícias e, claro, também por conta do engajamento dos meus vídeos na internet. Pessoas da equipe do programa já comentavam os meus vídeos e, algumas vezes, eles até me citavam durante o programa falando de notas que eu contava nas minhas redes sociais. Fui recebido com muito carinho no programa, está sendo incrível. Não posso comentar sobre o salário.

Sua família continua em Itabirito? Qual é a melhor lembrança da cidade?

Sim, meu pai e minha mãe moram em Itabirito. Eu e meus três irmãos (Felipe, Pedro e Sarah), atualmente, vamos para passear (…). Tenho um carinho enorme por Itabirito, são muitas lembranças especiais da nossa cidade. As gincanas no Ferreira Bastos, os finais de semana curtindo piscina no Itabirense e no União, o carnaval saindo no bloco “Os Piratas” e, claro, a curtição na época de Julifest. Foi em Itabirito que dei meus primeiros passos como jornalista, tenho muito orgulho disso. É claro que nem sempre tudo foi fácil, como muita gente pensa. Vejo que por trás tinha um propósito em todas as dificuldades. Hoje, dou muito valor a cada conquista.

Já com alguma experiência na área, você deixou a Comunicação da Prefeitura de Itabirito para montar o site Sou Notícia. O que veio depois disso?

Foi no Sou Notícia que comecei a gravar meus primeiros vídeos e postar no YouTube. Esses conteúdos foram me dando certa visibilidade. Em seguida, criei mais um site, mais focado em entretenimento, o “Vipaí”. Em 2015, fui trabalhar na TV Alterosa, afiliada do SBT em Minas. No final de 2016, senti que era hora de encarar um novo desafio e apresentei o projeto de um programa nacional para a Record News. Eles aprovaram e, em janeiro de 2017, me mudei para São Paulo para apresentar o “Que Beleza!”. Em 2021, estreei no comando do “Balanço Geral Manhã”, na Rede Mais, afiliada da Record TV. Acontece que ali tive certeza de que o meu negócio era trabalhar com entretenimento e decidi que iria focar minha carreira para isso. Lancei o site Glow News e comecei a produzir conteúdos para a internet. Passado uns três meses, decidi entrar para o TikTok, e comecei a contar as notícias dos famosos colocando charadas no final. O primeiro vídeo bateu 1 milhão de visualizações em apenas 24h. Logo, percebi que tinha algo especial ali. Não parei de fazer mais. Agora, estou próximo de bater 500 milhões de visualizações dos vídeos na internet. Com a viralização do conteúdo, recebi convites para trabalhar no UOL, na Rádio Itatiaia, de apresentar um podcast de entretenimento na Record e, agora, mais recente, veio a proposta do SBT para integrar o time de apresentadores do Fofocalizando.


Gabriel Cartolano, Flor, Chris Flores, Gabriela Cabrini e Matheus Baldi – apresentadores do Fofocalizando. Foto – Lourival Ribeiro – SBT

Fale mais dos números de suas redes sociais.

No Instagram, tenho 330 mil seguidores e no TikTok, 1,4 milhão. Em menos de um ano, já vamos bater meio bilhão de visualizações. Isso é algo que me deixa muito orgulhoso. A internet tem um poder incrível!

O tipo de jornalismo que você faz tem (há tempos) muita força nos EUA e Europa. No Brasil, houve grandes momentos com a revista O Cruzeiro e, bem mais tarde, Contigo e Amiga (para ficar só nesses exemplos). Contudo, a conquista da TV aberta brasileira (com bons índices de audiência) é, digamos, recente (inclusive até com tentativa da Rede Globo de Televisão, com o Vídeo Show, de entrar no ramo). Com base nisso, pergunto: qual o futuro desse tipo de jornalismo na TV aberta?

Sempre gostei bastante do jornalismo de celebridades. Acredito, de verdade, que tem vida longa. Desde a minha adolescência, acompanhava o perfil de programa que, hoje, tenho oportunidade de fazer parte. A verdade é que o processo de apuração das notícias sobre famosos e bastidores da TV é tão trabalhoso e tão sério quanto no jornalismo esportivo, por exemplo. Infelizmente, muita gente não faz ideia disso.

Qual sua opinião sobre Sônia Abrão, da Rede TV, sua “concorrente”?

Sempre assistia a Sônia na minha adolescência. Ela é uma referência no jornalismo de celebridades. É uma honra estar nessa “disputa” pela audiência, é tudo com muito respeito.

O que você acha de artistas de renome que se envolvem política partidária? Eles defendem o povo ou interesses pessoais?

De verdade, acho que tem as duas coisas. Tem muita gente bem-intencionada, que acredita nesse propósito de ver a sua cidade, o seu estado e o seu país melhor. Mas, claro, infelizmente, não são todos.

Você tem rusgas com alguma celebridade? Pode contar com quem ou pelo menos a situação?

Relevante, não. Sempre tento resolver numa boa. Muitas vezes, para o famoso também não é tão simples como parece. Por exemplo, na semana passada, conversei pessoalmente com a Bianca Boca Rosa e com a Sarah Andrade do BBB, duas pessoas que no passado tive desconfortos.

As “fofocas” na TV perdem força e audiência quando não há novela de grande sucesso (situação cada vez mais comum), BBB ou A Fazenda?

O sucesso das novelas e dos realities favorecem bastante esse ti-ti-ti sobre os famosos envolvidos, mas o grande vácuo mesmo foi durante a pandemia, afinal, sem eventos e com as celebridades saindo pouco de suas casas foi bem difícil ter bons “furos”.

Qual é a melhor parte e a pior no convívio com celebridades? Tem mais gente chata ou legal?

A verdade é que todo mundo é gente como a gente. É claro que as celebridades acabam tendo um poder de influência maior, mas isso não os tornam necessariamente melhores. Encaro do mesmo jeito que seria em qualquer outro segmento ou mercado, acho que qualquer diferenciação pode ser “perigosa”. Tem de tudo, gente muito legal e gente muito chata.

Você é um guerreiro, que tem lutado e conquistado seus sonhos. “Aonde” você quer chegar? Qual é o seu maior desejo profissional?

Meu desejo é ser o “cara” do conteúdo de entretenimento no Brasil, esse é o meu grande sonho. Seja na TV, nas plataformas digitais ou nas duas coisas. Quero inovar nos formatos e ser uma referência em conteúdos que informam e que divertem o público.

Você tinha interesse em se candidatar a prefeito de Itabirito. Por que desistiu?

Naquele momento politicamente frágil da cidade, a minha maior motivação era devolver para Itabirito o que foi feito por mim. A minha vida e da minha família mudaram. Itabirito me deu oportunidades. Poucas pessoas sabem, mas tivemos um período bem difícil da nossa família e precisamos de ajuda do poder público. O ex-prefeito Juninho, inclusive, foi muito sensível. Através da Secretaria de Assistência Social, a Prefeitura pagou duas contas de luz e de água da minha casa, além de ter fornecido cesta básica por alguns meses. Sei o quanto essa ajuda foi importante para a nossa família naquela ocasião. No Ensino Médio, o Renilson, do Isap, me concedeu bolsa para estudar lá. Tive acesso a uma importante oportunidade no meu processo de formação escolar. Aos poucos, fui tendo consciência que através da educação, eu poderia ter um futuro melhor. Em resumo, queria poder fazer para muitas pessoas da cidade o que um dia fizeram por mim. Mas acabei entendendo que envolvia muito mais que esse desejo, achei prudente recuar.

Quer mandar uma mensagem final?

Tenho um amor enorme por Itabirito e vibro com cada notícia boa que recebo sobre a cidade. Sou muito grato por tudo que vivi. Sou muito grato às pessoas da cidade que acreditaram em mim. Me lembro sempre com muito carinho das primeiras pessoas que me apoiaram. A Zilda Antunes – da Zilda Calçados – que sempre foi uma grande parceira; a Magda, da Vestuário; e o João Paulo, da Semil. Que cada itabiritense, seja nascido ou de coração como eu, tenha sempre muita garra para realizar os seus sonhos por maiores que eles sejam. Itabirito é uma terra boa, de gente do bem. Valorizem as riquezas da nossa cidade. Inclusive, estou doido para ir à Julifest neste ano. Tô sentindo falta dessa festa que é tão boa. Tô doido pra comer pastel de angu, inclusive. Acho que vai dar certo.

Matheus Baldi. Foto – Lourival Ribeiro – SBT
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