Casa foi soterrada após deslizamento de encosta. Foto - Divulgação
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A vida da família de José Ramos está parada desde o dia 8/1, quando a casa dele foi atingida pelas fortes chuvas em Itabirito. Morador do bairro Country, ele viu sua residência desabar após a queda de uma encosta. “A encosta desceu porque foi desviada a água da rua de cima”, afirmou ele.

José morava no local há mais de 15 anos, com a esposa e um filho. Com o aviso das fortes chuvas, foi dormir na casa da sogra naquela noite, pois temia que algo pudesse acontecer. O local foi vistoriado pela Defesa Civil. “Quando eles constataram que não havia vítimas, foram embora para atender outras ocorrências”, disse.

Família busca ajuda após ter casa soterrada em Itabirito. Foto – Divulgação

Desde então, José busca resolver a situação com a Prefeitura. Ele fez o protocolo e aguarda até hoje a limpeza do local. Mas ainda não obteve resposta de quando o serviço será feito. “Eu preciso que a Prefeitura me ajude a retirar a terra. Primeiro, eu não tenho condições de pagar a máquina; segundo, não tenho onde colocar a terra. Naqueles dias, nós entendemos que a situação da cidade estava caótica. Só que já passou, a cidade está funcionando normalmente. Nós temos informação que já tem máquina parada no pátio da Prefeitura”, salientou.

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Desde as chuvas, José está morando na casa da sogra. Ele também fez o cadastro na Secretaria Municipal de Assistência Social para conseguir o auxílio financeiro de R$ 10 mil, prometido pela Prefeitura para os atingidos pela chuva, mas também, segundo ele, não teve retorno de quando receberá o dinheiro.

O motorista, que está desempregado, quer uma resposta para seu problema. “Eu entendo a situação da cidade, mas há muita desinformação. Me contaram que já tem gente recebendo o aluguel social e nós não tivemos nenhum retorno sobre isso também”, afirmou.

Como era a casa antes de ser soterrada. Foto – Arquivo familiar

RESPOSTA DA PREFEITURA

A Secretaria Municipal de Assistência Social informou que deferiu (aprovou), até agora, auxílios (de R$ 10 mil cada) para quase 300 famílias de Itabirito, que foram vítimas das ações das chuvas de janeiro deste ano.

Somente no dia 3/3, foram deferidos, no 4º lote, para 74 vítimas. “Não vejo a hora de acabar isso”, disse a secretária de Assistência Social, Rosilene do Carmo Cardoso (conhecida como Rose da Saúde), que salientou que tem trabalhado, inclusive, nos fins de semana para liberar a demanda atual mais rápido possível. “Atual” porque os pedidos não param.   

A secretária Rose ainda disse que cabe à Pasta que ela chefia somente o deferimento. A liberação do recurso é feita pelo Financeiro da Prefeitura e pela Caixa (banco).

No caso de José Ramos, a Secretaria salientou que está no prazo legal, que varia de 30 a 90 dias, para ser analisado o pedido de auxílio. Isso porque a primeira solicitação aconteceu em 11/2/2022, momento em que não foi pedido o aluguel social.

Já no dia 2/3, aí sim, foi solicitado o aluguel social, informou a Secretaria.

O Radar Geral conseguiu a informação de que auxílio para José Ramos está aprovado (faz parte dos deferimentos do 4º lote). Por sua vez, o aluguel social será deferido hoje (4/3). Tudo dentro do prazo legal, segundo a Secretaria de Assistência Social.

Retirada da terra

No que diz respeito à retirada da terra no local, a Defesa Civil informou que é preciso fazer um projeto de contenção, com ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) assinada por um engenheiro.

Contudo, o secretário Municipal de Obras, Geraldo Torres, afirmou que o município não pode fazer intervenção em área particular. “Não podemos usar dinheiro para isso”, disse ele, salientando que não está previsto, no caso, nenhum tipo de indenização.         

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